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A onda da incoerência – Lucas Gonzalez

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Imagem: Estadão

Os nossos vizinhos argentinos fecham o ano de 2020 de forma drástica e repugnante – legalizando aborto até o 4º mês de gestação. Um país que correu para imunizar sua população contra o coronavírus, ironicamente, absteve-se de salvar milhares e milhares de bebês que jamais gozarão da oportunidade de escolher o que fazer com seu próprio corpo. O jargão que fundamenta a defesa do aborto, vale para as mulheres, mas não vale para os seus filhos.

Depois de 12 horas de sessão, o Senado aprovou com uma diferença muito pequena de votos, a possibilidade de mulheres colocarem fim à gestão de 14 semanas. Nessa fase, os bebês têm o corpo completamente formado e já podem franzir a testa e chupar os dedos. É também nesta fase que a criança já está com o esôfago, traquéia e mais alguns órgãos totalmente preparados. Como afirmar que não há vida?

É inconcebível alegar que o aborto se justifica porque mulheres têm o direito de decidir sobre o seu próprio corpo, como se o bebê fosse a extensão de alguém.

O aborto legalizado não resolverá o problema de mulheres mais pobres que clandestinamente interrompem a gravidez. A retórica adotada pelos defensores do aborto, apenas deixa flagrante a ausência de uma justificativa sólida. Por essa razão, usam mulheres mais vulneráveis como uma cortina de fumaça. O objetivo é “suavizar” o que é racionalmente indefensável.

Ser contra o aborto não é recriminar mulheres que não possuem condições financeiras de criar seus filhos. Não é ser insensível ao medo que muitas sentem ao encarar uma gravidez, às vezes, solitária e sem muitas condições. O fato é que além de não resolver nenhum destes problemas, o aborto ainda cria outros de dimensão muito maior.

Situações como as narradas acima, se resolvem com a plena consciência de que homens e mulheres são igualmente responsáveis por seus filhos, estejam eles nascidos ou ainda no ventre materno. É preciso atenção ao planejamento familiar e a inicialização precoce da vida sexual. Assuntos que, de tão ridicularizados, são quase proibidos de falar.

Quem dera se a dor máxima de abortar fosse a punição estatal – que tem início e fim. Há uma infinidade de estudos que mostram as sequelas físicas e emocionais causadas pelo aborto. Um estudo publicado pela Revista British Journal of Psychiatry, um dos 15 (quinze) periódicos de psiquiatria mais bem conceituados do mundo, mostra que mulheres que passaram pelo aborto apresentam chances muito maiores de depressão, suicídio, uso abusivo de álcool, transtornos de ansiedade, dentre outros.

Além disso, estas mulheres estão mais suscetíveis ao câncer de mama e doenças tubárias. Certamente a legalização do aborto não resolverá esses problemas.

Posicionar-se contrariamente à interrupção voluntária da gravidez, é reconhecer que a vida está muito acima de qualquer condição financeira, de qualquer status social ou de uma suposta autonomia sobre o próprio corpo. Não podemos tirar de alguém a oportunidade de viver por razões como essas. Isso é mesquinho.

Aos cristãos que leem este artigo, chamo-os para a responsabilidade que possuem diante de Deus de defender a vida e de não se amoldarem às filosofias que são diariamente construídas com o objetivo claro de reduzir a verdade do Evangelho. Uma igreja adormecida e apática é corresponsável pela vida destes inocentes.

“E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” Rm 12:2

Você pode acompanhá-lo em suas redes sociais e no YouTube: Lucas Gonzalez.

 

 

 

 

 

 

 

Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Portal Gospel Minas.

 

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