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Ana Paula Valadão fala sobre evento que aconteceu em navio

Terminou neste domingo, 5, o Cruzeiro Diante do Trono e ninguém melhor para descrevê-lo do que a líder do Ministério de Louvor, Ana Paula Valadão.

Em seu blog, a pastora postou as emoções do evento e revelou os detalhes que fizeram dele um sucesso. Confira o post:


Cruzeiro DT: Adoração em Alto Mar

Acabamos de chegar do I Cruzeiro Dt, “Adoração em Alto Mar”. Confesso que estou muito cansada, mas muito feliz ao mesmo tempo! Há tantas coisas para compartilhar, mas escrevo um pouco para dar a vocês uma porção do que vivemos ali!

Antes de viajarmos tivemos uma reunião com os integrantes do grupo que participariam do Cruzeiro. Foi um encontro muito alegre e a expectativa por vivermos algo novo, que só Deus poderia ter preparado para nós, enchia os nossos corações. Partimos para o Cruzeiro cientes de que estávamos indo para uma missão, de estar mais perto das pessoas, de servi-las, de ministrar nos cultos debaixo da direção e unção do Espírito Santo, e de clamarmos pelo nosso Brasil ungindo os mares, as praias, o litoral.

E foi tudo isso e muito mais que experimentamos nesses intensos dias a bordo do Navio Grand Mistral. Parecia um sonho estar em um lugar tão lindo, e ter, em todos os ambientes, louvores tocando. Às vezes eu pensava que o céu deve ser mais ou menos assim! Adoração por toda parte! Nas telas de tv, nas cabines e restaurantes, era só louvor. Na área de lazer, das piscinas, playgrounds, música que levanta o nome de Jesus e uma alegria que não precisava de bebida alcoólica para animar as pessoas e os relacionamentos. As crianças se divertiram muito também! E aprenderam sobre o Deus grandão, que fez o céu, a terra, e o mar!

Ouvi dizer que muitas vezes outros tipos de Cruzeiros são impraticáveis para quem deseja um passeio familiar, saudável. Ouvi histórias de muita sujeira por toda parte. Desta vez, a tripulação foi surpreendida por um povo diferente. O Navio foi tomado por muita paz, harmonia, diversão, e ao mesmo tempo, uma busca por Deus, o único que pode satisfazer o vazio do coração humano. Os seguranças do Navio receberam mais horas de folga a partir do segundo dia, pois éramos mais de mil e duzentas pessoas, mas o “trabalho” que dávamos era como se houvesse apenas trezentas pessoas a bordo! Eles não precisavam separar brigas de bêbados, de pessoas no cassino, pois ninguém entrava lá, e os bares ficavam desertos!

À noite os cultos eram marcados por um anseio por mais de Deus. Os passageiros foram divididos em três equipes, branca, verde e azul, pois não cabíamos todos em um só auditório. Vi nisso uma mensagem de Deus, pois tivemos, simultaneamente, reunião de oração com a Pra Ezenete, da Palavra com o Pastor Márcio Valadão, e de adoração com o DT. Três disciplinas essenciais para a vida de um cristão.  E a cada culto a Presença do Senhor foi real entre nós. Houve salvação em todas as noites. Aliás, em momentos inusitados também.

Estávamos voltando da primeira noite do ato profético em que ungimos os mares. (Após os cultos subíamos para o deck mais alto do navio e de lá orávamos pelo Brasil, consagrando o litoral pelo derramar do óleo, e proclamação da Palavra. Um dos textos que li a cada noite foi o Salmo 24. “Abram-se ó portas antigas, para que entre o Rei da Glória”. Percebi os mares, as praias, as cidades costeiras, como um portal antigo, de entrada para o país e para o Continente. Ali clamamos ao Senhor.) Depois desse momento fui maravilhosamente surpreendida por uma mulher que me disse, na porta do elevador: “Quero Jesus.” Eu perguntei: “O que?” Ela repetiu: “Quero aceitar a Jesus”. E assim, em diversas ocasiões inesperadas percebíamos o Espírito Santo agindo e tocando corações.

Tive a oportunidade de conversar (e tirar muuuuitas fotos) com muitas pessoas. Pude ouvir tantos testemunhos e frutos de nosso ministério. Também ouvi de vidas quebradas e que estavam ali para receber de Deus um renovo, uma restauração. Houve muita cura, da alma, e do corpo também. Na primeira noite de culto com o DT cantamos “Solta o cabo da nau”, música antiga que nos fez contextualizar o louvor com a realidade que estávamos vivendo. De repente senti o impulso de cantar “Segura na mão de Deus”, e foi muito especial. Para minha surpresa Helena me contou no dia seguinte, que o autor desta canção, o Pr Nelson, estava no Cruzeiro, e que se emocionou ao nos ouvir cantando sua canção.

Na última noite senti que o Espírito Santo queria que honrássemos esse irmão. Ele já está bem velhinho. Teve vários derrames, ataques cardíacos, e está em uma cadeira de rodas. Lá da frente preparei a surpresa e outra vez cantamos “Se as águas do mar da vida quiserem te afogar, segura na mão de Deus e vai!”. João Lúcio contou sobre o encontro com o Pr Nelson e sua esposa e fui até ele na platéia. Cantamos juntos, ele compartilhou a história dessa música, que compôs em 1965 em um momento em que estava decidido a abandonar o ministério. Foi um testemunho que trouxe ânimo, esperança e fé a todos nós. Ele orou e nós também oramos por ele.

Continuamos cantando essa música e chamei a irmã Ângela Abreu. Ela compartilhou e nos encorajou muito, pois é viúva e teve um casamento maravilhoso de mais de trinta anos servindo ao Senhor ao lado do seu marido. Como o Ap Paulo nos diz, as mulheres mais velhas devem ensinar as mais jovens. Ela orou pelas famílias, pelos solteiros, e nos fortaleceu. Também chamei a família Dias. Luciana, Eluízio e Danielzinho, pais e irmão e avós da Amanda, querida menina de Curitiba que marcou minha vida na luta contra a leucemia. Por quatro anos ela viveu lutando contra o câncer, mas aprouve ao Senhor que ela descansasse. Há pouco menos de dois meses ela partiu para o céu. E no meio de tanta dor da saudade, eles puderam consolar outros com a mesma consolação com que têm sido consolados. Senti que ali estavam recomeçando. E muitos como eles sairiam do Cruzeiro para um novo tempo em suas vidas.

Isaías 61 foi a tônica destes dias: “enviou-me a curar os quebrantados de coração… a consolar todos os que choram… e a por sobre os que em Sião estão de luto, uma coroa em vez cinzas; óleo de alegria ao invés de pranto; vestes de louvor ao invés de espírito angustiado…”

Saímos com o sentimento de que valeu à pena. Saímos com o desejo de que haja mais. Saímos sonhando com outras oportunidades, e esperamos em Deus que nos conduza em Seu tempo e em Sua vontade perfeita para continuarmos abençoando os mares e as vidas, com outros Cruzeiros DT, “Adoração em Alto Mar”.

Fonte: Creio

Thalles Brandão

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