Casal Hernandes se pronunciou publicamente via satélite dos EUA. Do telão, Sônia e Estevam Hernandes pediram dízimo para fiéis em SP.
Show de bailarinas, telões e transmissão via satélite. O templo evangélico Assembleia de Deus, recebeu nesta quinta-feira (22), no Brás, em São Paulo, os convidados da Igreja Renascer em Cristo. No domingo (18), o teto do templo no Cambuci, na Zona Sul da capital, desabou e matou nove pessoas. Mais de cem ficaram feridas.
As causas da tragédia são desconhecidas e investigadas pela Polícia Civil.
Dentro da Assembléia de Deus, o casal de bispos Estevam e Sonia Hernandes apareceu nos telões, direto de Miami, nos EUA, onde cumpre liberdade condicional por conspiração e contrabando. Para uma plateia de 2 mil pessoas, os Hernandes aproveitaram para pedir reforço no dízimo para a reconstrução da sede da Renascer e pediram aos que tivessem contribuições “generosas” que fossem ao palco.
Foi a primeira vez que o casal se pronunciou publicamente sobre a queda do telhado da sede da Renascer, que no domingo matou nove pessoas. A plateia entre as quais parentes das vítimas, levantou e ovacionou o casal. “Sinto como se tivesse perdido nove filhos”, disse o “bispo”. Ele citou uma das vítimas, Maria de Lourdes, que teria afirmado querer morrer dentro da igreja. “Disse que aqui, entre os mortais, há muito trabalho a ser feito, mas que o melhor mesmo é estar ‘perto de Cristo’”.
Aos parentes, mandou a mensagem: “Essa dor não é de morte, mas de ressurreição”, ao que o público gritava “Aleluia!”. Estevam continuou: “O sofrimento que o Satanás me causa é para alcançarmos a Glória.” Ele também contou que um fiel teria sido chamado à delegacia e quase obrigado a fazer uma denúncia contra a Igreja. “Como é que vou fazer uma queixa contra a casa do Senhor, onde recebo todas as glórias?”, perguntava Estevam aos fiéis.
Procurado pelo G1, o pastor José Domingos Bittencourt, presidente Nacional de Educação e Teologia da Assembléia de Deus afirmou que “neste momento não há fiel desta ou daquela igreja. Existe a pessoa, seres humanos que foram atingidos na sua religiosidade. Precisam ser acolhidos pelos líderes”.
Fonte: O Verbo