Numa perspectiva cristã, nós reconhecemos que o mal, Satanás e o pecado, com freqüência se escondem atrás de uma face atraente e mesmo divertida.
Por Todd Hertz
Batman sempre foi meu super-herói favorito. Ao longo dos anos, tenho acompanhado o velho seriado de TV, os desenhos animados, as histórias em quadrinhos e os filmes. Talvez uma coisa estranha neste sentido seja o fato de que nunca liguei muito para o arquiinimigo do homem-morcego – possivelmente um dos maiores vilões de todos os tempos: O Coringa.
Ao invés disto, sou fã do Charada. Creio que tudo começou com as desequilibradas gargalhadas do ator Frank Gorshin no seriado da década de 1960. Desde então, sempre que este vilão aparecia nas revistas em quadrinhos ou nos desenhos animados, meu interesse era especialmente capturado. Cheguei até a achar graça do colan verde usado pelo Jim Carrey em sua interpretação do personagem no estranho, mas divertido Batman Forever (Batman para sempre). Mas por que o interesse pelo Charada? Eu o acho esquisito e engraçado. Também me intriga a idéia de que a motivação deste criminoso é sempre um misto de orgulho, com uma compulsão por ser apanhado e um desejo de provar sua superioridade intelectual em relação ao Batman.
Com o lançamento esta semana de The Dark Knight (O cavaleiro das trevas), fiquei pensando sobre o significado do Charada e do Coringa. Acho fascinante que os dois principais inimigos do Batman sejam aparentemente brincalhões e bem-humorados, sendo, na verdade, bastante perturbados e loucos. Estes personagens conferem ao mal uma face descontraída e leve. Numa perspectiva cristã, nós reconhecemos que o mal, Satanás e o pecado, com freqüência se escondem atrás de uma face atraente e mesmo divertida. Isto é ainda mais impressionante em O cavaleiro das trevas, no qual o Coringa, interpretado por Heath Ledger, usa uma maquiagem malfeita de palhaço para encobrir um rosto feio, desfigurado, e assustador. Ele literalmente tenta pintar um sorriso em algo horrível.
Quanto mais penso sobre isto, me dou conta de que contrapor estes dois vilões ao Batman é uma sacada genial. Afinal de contas, eles talvez confiram uma face jovial ao mal, mas Batman põe uma face escura e intimidadora ao bem e à justiça. Estes personagens simplesmente foram feitos uns para os outros.
Copyright © 2008 Christianity Today International
Fonte: Cristianismo Hoje