Entidades religiosas que atuam nas mais diversas áreas são um quarto do total de instituições sem fins lucrativos do país. Em números, isto significa aproximadamente 84.500 associações, escolas, hospitais e outras instituições com vínculo religioso que, em geral, atuam em busca de melhorar a qualidade de vida da população e também fornecer conforto espiritual.
Os dados revelam também que elas são importante fonte de emprego. As 338 mil entidades sem fins lucrativos existentes no Brasil empregam 5,3% do total de trabalhadores, o que representava, em 2005, 1,7 milhões de pessoas. O estudo foi divulgado no dia 7 de agosto, pela Agência Brasil, e refere-se ao ano de 2005 – por isso os números são considerados aproximados para a realidade atual.
Outro dado que o estudo revela é que em dez anos – entre 1996 e 2005 – o número deste tipo de entidades cresceu 215% no país. “Esse crescimento foi quase três vezes mais elevado do que a média de crescimento de todos os demais grupos de entidades, pública e privada”, afirma o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), um dos organizadores da pesquisa.
O estudo considera tanto instituições públicas quanto privadas, o que inclui cartórios, partidos políticos, condomínios de edifícios, entidades religiosas, de defesa de direitos e outras. Além do IBGE, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a Associação Brasileira de Organizações não Governamentais (Abong) e o Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (Gife) participaram do levantamento dos dados.
A principal conclusão dos dados levantados, segundo o IBGE, é que, por reunir um universo importante de atores, que exercem um papel fundamental na vida dos cidadãos, o mundo das organizações sem fins lucrativos merece “ser melhor conhecido e analisado”.
Locais e áreas de atuação
A pesquisa constatou que a distribuição destas instituições no território nacional acompanha a distribuição da população. Elas também possuem áreas de atuação diferenciadas em cada região. No Sudeste, por exemplo, concentram-se as entidades de religião (57,9%), de saúde (49%), de assistência social (44,5%) e de cultura e recreação (43,3%). Na Região Nordeste, concentram-se as de defesa dos direitos e interesses dos cidadãos (38,9%).
Fonte: Agência Soma