Foi identificado como José Rodrigo da Costa, pastor
da Igreja Universal do Reino de Deus, o dono do Mitsubishi Airtreck, placa MQS-6870 (SP), que pegou fogo no dia 1° deste mês, na Via Dutra em Barra Mansa, no Sul Fluminense.
Na ocasião, o veículo foi abandonado quando estava em chamas, e mais de R$ 100
mil que estavam no motor do automóvel foram queimados parcialmente.
O nome do pastor foi revelado pelo comerciante
Emerson Pereira, de 32 anos, dono de uma revendedora de veículos Barut,
localizada no bairro da Freguesia do Ó, na capital paulista. Ele esteve
recentemente na 90ª DP (Barra Mansa), onde prestou depoimento ao delegado
adjunto Michel Floroschk, que investiga o caso.
O comerciante comentou com o radialista Tico
Balanço, da Rádio Sul Fluminense, após o depoimento, que o pastor comprou o
carro na agência dele no dia 30 de junho. Ainda segundo Emerson, o pastor disse
que viajaria no outro dia para o Rio, onde, com dinheiro do dízimo dos fiéis,
ia montar uma igreja.
A polícia não tem mais dúvida da procedência do
dinheiro. Foram encontradas cédulas de R$ 2, R$ 5, e R$ 50 — fato que fez com
que o policial rodoviário federal Carlos Fernandes Nogueira suspeitasse na
época que o dinheiro fosse de traficante. A polícia chegou ao dono da agência
de veículos por meio da placa do veículo. Emerson disse que o pastor adquiriu o
carro à vista, em dinheiro.
A transferência de propriedade ainda não tinha sido
providenciada. O carro foi encontrado pegando fogo no km 276 da estrada,
próximo a Barra Mansa, por bombeiros que foram acionados pela Concessionária
Nova Dutra, que administra a rodovia. Testemunhas viram quando duas pessoas tentaram
conter o fogo e fugiram diante da aproximação dos bombeiros. Eles entraram num
carro que estava parado na outra pista da rodovia, sentido Rio.
A polícia agora tenta localizar o comprador. O
delegado disse que pretendem descobrir por que o dinheiro estava escondido
dentro do motor do veículo e também por que o suposto pastor fugiu abandonando
o carro importado.
O veículo foi levado para o pátio da delegacia de
Barra Mansa, onde foi periciado junto com as cédulas. A polícia também aguarda
o resultado do laudo do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE).
O Globo