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Casal de surdos missionários constrói igreja na África

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Missionários surdos na África (Foto: Reprodução/The Gambia Deaf Church)

Elizabeth Smith e Josiah são americanos surdos e foram criados no Arizona. Mas se conheceram em Washington. Na época, ambos trabalhavam para “Jovens Com Uma Missão”, e se casaram em 2015. Além disso, por volta dos anos 2011 até 2013, Elizabeth foi uma missionária independente do Ministério Batista na Universidade Gallaudet. Uma instituição de ensino superior voltada para alunos surdos.

Assim sendo, sentiram o chamado de Deus para África. Porém, não sabiam o local exato. Por isso, oraram ao Senhor em busca de direção. De tal forma que Elizabeth teve uma visão de uma aparência de facão. Logo, sentiu-se comovida ao olhar um mapa da África. E observou a nação dividida da Gâmbia, que abraça o rio com o mesmo nome.

E assim começaram em fevereiro de 2017, sua jornada em missões. Josiah se dispôs como voluntário para dar aulas de ginástica em uma escola local para surdos. Do mesmo modo, Elizabeth foi voluntária para ensinar inglês. Pois a Gâmbia, ex-colônia britânica, adotou o inglês como idioma oficial. Mas muitos falam apenas línguas tribais.

Uma vez que o inglês difere de outro idioma; da mesma maneira acontece com a língua de sinais que difere de país para país. Ou seja, não existe uma língua de sinais universal. Então o casal está ganhando fluência na língua de sinais da Gâmbia.

O campo missionário

Eles impressionam os muçulmanos que se comunicam na nação da Gâmbia. “Quando falamos com muitos muçulmanos ouvintes, eles ficam curiosos quando louvamos a Deus por nos tornar surdos. Eles normalmente são muito simpáticos porque acreditam que estamos cheios de pecado e é por isso que Deus nos fez surdos”, conta Elizabeth.

Com base no ponto de vista do islamismo muito diferente do cristianismo, ela diz; “Às vezes é divertido ver o que Deus faz na vida das pessoas quando elas veem as coisas de uma perspectiva diferente”.

Elizabeth, 34 anos, e seu marido Josiah, 36 anos; estão plantando uma igreja para surdos. Não apenas na Gâmbia, mas também em outras nações vizinhas da África Ocidental. A igreja deles fica nos arredores da capital Banjul. A fim de que seja um lugar de refúgio para gambianos que precisam de amor e aceitação.

“Recebemos muitos visitantes curiosos na igreja. Alguns têm dúvidas sobre quem é Deus”, diz ela. “Alguns se sentem bem-vindos, independentemente de serem muçulmanos ou não”.

Eles tentam não falar palavras em inglês e sua a escrita no papel ou gestos com as mãos. Pois as pessoas estão abertas para esse tipo de comunicação. Apesar de muitas serem analfabetas. E para mostrar as histórias e verdades nelas contidas, o casal usa a Bíblia de Ação Ilustrada.

“Morar no exterior não é para todos. Isso estende você e o separa de maneiras que você nunca imaginou”, diz ela. “Definitivamente, ser surdo apresenta muitos desafios. Há momentos em que precisamos nos comunicar e muitos não sabem ler ou escrever em inglês”.

Alguns contratempos…

Em 2018 tiveram que voltar para Washington para que Elizabeth pudesse ter seu segundo filho. As duas crianças também são surdas. Mas no verão, a família estava de volta à Gâmbia com a direção de Deus para abrir a igreja. Eles começaram em outono em sua casa. No entanto, sentiram a necessidade de iniciais os cultos em outro lugar.

Mas quando encontram e preparam o prédio, surgiu a pandemia (Covid-19); e não podiam abrir até pouco tempo atrás. O local é alugado e possui uma creche e um palco com TV para exibir slides para sermões e ensinos.
Noventa por cento dos gambianos são muçulmanos e apenas 9% nasceram em famílias cristãs. Afinal, muitos nunca frequentaram a igreja, muito menos foram batizados. Desde a inauguração, sua igreja batizou 20 pessoas.

Para o casal, ser surdo não é uma barreira para ser missionários. Pois apresenta desafios que qualquer outra pessoa que se adapta a um novo país e cultura encontra.

 

Com informações de GodReports.

 


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