Um pastor foi excluído do Conselho da cidade onde atua pelo único motivo de orar em nome de Jesus. E o fato não aconteceu na Coréia do Norte ou na Arábia Saudita, países que proíbem as manifestações cristãs, e sim, nos Estados Unidos, a nação de maior tradição protestante do planeta e um dos berços da obra missionária mundial. O Quarto Tribunal de Apelações do estado da Virginia decidiu que a Assembléia Municipal da cidade de Fredericksburg tem respaldo legal para impedir que seus integrantes façam manifestações de “sectarismo religioso” – caso do reverendo Hashmel Turner, que numa das reuniões do Conselho encerrou uma de suas orações com a frase “em nome de Jesus”.
A ministra da Suprema Corte de Justiça, Sandra Day O’Connor, justificou a decisão por escrito: “A restrição para orações de natureza sectária têm o objetivo de tornar as preces acessíveis às pessoas que vêm de uma variedade de crenças, sem excluí-las ou limitá-las a uma fé em particular.” Ironicamente, ela admitiu que o reverendo Hashmel Turner foi excluído de participar do Conselho da cidade única e tão somente por causa do conteúdo cristão da sua oração. Assim, o governo de Fredericksburg violou todos os direitos coletivos ao estabelecer uma religião não-sectária e requerer que todas as súplicas sejam adaptadas mediante a ameaça de serem excludentes.
Não é a primeira ocorrência do gênero nos Estados Unidos. Em janeiro de 2007, o capelão da Marinha Gordon James Klingenschmitt foi levado à Corte Marcial por ter orado no nome de Jesus durante uma visita à Casa Branca. Acabou demitido do cargo como retaliação por ter levado o caso às últimas instâncias legais – a ponto do Congresso americano ter deliberado que todos os capelães estavam livres para orar em nome de Jesus. “Essa batalha me custou a carreira, minha família está sem casa, perdi US$ 1 milhão em pensão, tudo pela nossa liberdade de orar”, disse o religioso, na ocasião. Mais recentemente, o professor Marcus Borden, de uma escola pública de Nova Jersey, foi impedido de orar com jogadores do time de futebol de sua classe pela Corte Federal de Apelações da Filadélfia. A atitude foi tomada como uma “afronta” à laicidade do Estado.
Fonte: Cristianismo Hoje