ESPECIAL TROFÉU TALENTO 2008
A casa de espetáculos Credicard Hall, na zona sul da capital paulista, foi palco de mais um Troféu Talento, na noite desta quinta-feira, 3 de abril.
Em 2008, o evento, que premia os melhores da música gospel, chegou a sua 13ª edição e já é considerado o maior do gênero na América Latina. A festa foi comandada pelo cantor Paulo César Baruk e teve inicio com um musical de André Valadão, que interpretou alguns dos seus maiores sucessos. Em seguida, o bispo Marcelo Silva, idealizador do troféu, foi convidado ao palco, onde agradeceu a todos pela confiança e expressiva participação dos músicos, gravadoras e selos independentes.
O site do Troféu Talento recebeu mais de um milhão e trezentos mil votos nos finalistas das 26 categorias apresentadas, o que, segundo os organizadores do evento, comprova a credibilidade da premiação.
Destaques da noite Em meio à divulgação dos vencedores, o público foi agraciado com as apresentações dos concorrentes ao prêmio de Música do Ano, que ficou com o ministério Trazendo a Arca, pela canção Marca da Promessa. O grupo foi o grande destaque da noite, vencendo ainda nas categorias Álbum Independente, Grupo de Louvor, Álbum de Adoração e Louvor, Álbum do Ano e Música do Ano. Além disso, o vocalista Davi Sacer dividiu o prêmio de melhor Intérprete Masculino com o cantor Gilson Campos.
O homenageado da noite com o prêmio Rede Aleluia foi o cantor Sérgio Lopes, que por seu estilo é tido como um poeta da música gospel. No palco, ele relembrou algumas de suas canções e dedicou a Deus qualquer reconhecimento pelo seu trabalho. Disse ainda ter nos seus três filhos seu maior troféu.
No encerramento do evento, todos os premiados se reuniram no palco para cantar a música vencedora, Marca da Promessa.
O que disseram os vencedores do Troféu Talento
Agradecimentos são praxe nas cerimônias de premiação. Render ao Senhor Jesus toda a honra e toda a glória e creditar a Ele a conquista foi lugar comum durante a entrega do 13º Troféu Talento, realizado no Credicard Hall, no último dia 03 de abril. Além do tradicional “muito obrigado”, o que mais os vencedores tinham a declarar? Confira!
DJ Alpiste – Álbum Rap: “Muitas vezes a nossa música não toca nas rádios evangélicas e não somos convidados para eventos. Mas, por onde a gente passar, as pessoas vão ser restauradas, salvas, livres, libertas no nome de Jesus”.
Pregador Lou – Álbum Rap: “Até pouco tempo o rap era excluído de eventos como esse. Agora está incluso. Não importa se é por pressão do mercado fonográfico. O importante é que agora nós também fazemos parte. Estou feliz por estar aqui e mais ainda por ter sido premiado”.
Davi Sacer, Trazendo a Arca – Álbum Independente, Grupo de Louvor, Álbum Adoração e Louvor, Álbum do Ano, Intérprete do Ano e Música do Ano: “Somos levitas e um dos significados da palavra levita é aquele que serve. Nós temos colocado a nossa vida a serviço de Deus. Conquistar esses troféus é uma gratificação de tudo o que temos feito pelo Senhor. Temos feito para Ele. Tudo é para Ele. A palavra diz que Ele honra, que é Ele que ergue. Nós só temos a agradecer pela alegria de servir a Ele”.
Luiz Arcanjo, Trazendo a Arca – Álbum Independente, Grupo de Louvor, Álbum Adoração e Louvor, Álbum do Ano, Música do Ano: “Só quem tiver coragem de enfrentar a dor de ser marcado é que poderá ser mudado. Dedico esse troféu aos que não têm medo de ser marcados para ser mudados”.
Cassiane – Álbum Pentecostal: “Esse troféu tem um gostinho especial porque premia o primeiro CD da minha gravadora própria. Estar aqui é sempre uma bênção e a emoção é diferente a cada ano”.
PG – Álbum Rock: “Esse é o segundo troféu da minha carreira solo. Estou mais feliz do que no ano passado porque esse ano foi de muita luta. Foi um CD ao vivo, difícil de produzir. Ele foi lançado em dezembro e já tem o reconhecimento do público. Quero agradecer a todas as pessoas que votaram, que fizeram essa vitória acontecer.”
André Valadão – DVD: “Se pudemos estar aqui hoje é porque houve gerações antes de nós que oraram e jejuaram. Agradeço às gerações passadas. Que haja intrepidez na nossa geração para levar a obra deles para frente. Não esqueçam os hinos antigos, em nome de Jesus”.
Sula Miranda – Revelação Feminina: “Foi numa noite como essa que Deus colocou no meu coração um novo querer. Naquela época, eu ainda achava que determinava alguma coisa na minha vida e tinha decidido que não queria mais cantar. Ouvindo a Aline Barros e o André Valadão surgiu o desejo de cantar para Deus. Eu estou aprendendo que o mesmo Deus que coloca o querer, coloca o realizar na nossa vida”.
Leonardo Gonçalves – Revelação Masculina: “Esse troféu é uma maneira de Deus me mostrar que eu tenho agradado o coração dele e me confirmar no caminho dele”.
Jamily – Álbum Pop e Pop Rock: “Esse foi um ano muito especial na minha vida. Concorri em quatro categorias e ganhei um troféu. Estou super-feliz”.
Como os artistas encaram a competição no Troféu Talento
Diferentemente das cerimônias de premiação seculares, onde cada concorrente encara os demais como adversários e faz de tudo para atrair as atenções para si, a Premiação do Troféu Talento foi marcada por um clima de comunhão entre todos os participantes. Todos os vencedores creditaram a conquista ao Senhor Jesus. Porém, alguns saíram do Credicard hall, onde foi realizado o evento, com vários troféus nas mãos, enquanto outros conquistaram apenas um e outros, apesar de inúmeras indicações, não levaram nenhum. Esse ano, a organização do evento contabilizou um milhão e trezentos mil votos, que definiram os ganhadores do prêmios. Será que esse reconhecimento consegue mexer com a vaidade dos vencedores e “não-vencedores”?
Durante a festa, o mestre-de-cerimônias Paulo César Baruk enfatizou que “o Troféu Talento não visa qualquer tipo de disputa, mas valorizar a música gospel no mundo fonográfico”. Veja o que os artistas pensam dessa competição.
DJ Alpiste (vencedor da Categoria Álbum Rap): “Não existem vencedores. Todo mundo que está aqui é merecedor e muitos dos que não estão deveriam estar. O mais importante é que os que estão sendo premiados estão abrindo portas para os novos. Os grandes vencedores são aqueles que ainda vão chegar”.
Jairinho (indicado em cinco categorias e que não conquistou nenhum troféu): “Eu e a Cassiane nunca deixamos de participar de nenhuma edição do Troféu Talento. O reconhecimento do povo é muito importante para nós. Só por estar aqui já nos sentimos honrados”.
Aline Barros (ganhadora dos prêmios de Álbum ao Vivo e Cantora do Ano): “A competição é saudável e nos estimula a fazer sempre o melhor, primeiro porque é para Deus e também porque precisamos abrir novos espaços para a divulgação da nossa música. Prêmios como esse são importantes para que haja crescimento, para que a música gospel conquiste a mídia secular”.
Talita Paglarin (indicada ao prêmio de Revelação Feminina e que não levou o troféu): “Estou feliz só por ser indicada. Competi com mulheres de Deus que fazem a obra. Ganhar é um reconhecimento, mas o mais importante é o que a gente semeia, o que a gente tem plantado. De qualquer forma, todos nós somos mais do que vencedores”.
Soraya Moraes (que não recebeu indicações esse ano por não ter gravado): “É sempre uma emoção muito forte estar aqui, competindo ou não. A gente torce pelos amigos. Estava torcendo pelo pessoal da minha igreja, mas eles não ganharam e eu fiquei triste”.
Ana Paula Valadão (ganhadora do troféu nas categorias CD Infantil, DVD e Intérprete Feminino): “O mais importante é saber que o nosso coração consegue se alegrar com o prêmio indo para outra pessoa. Para nós não é uma competição, mas uma celebração da música cristã no Brasil”.
Nani Azevedo (vencedor nas categorias Cantor do ano e Destaque 2007): “O talento do homem não é medido pelo número de troféus que ele ganha, mas pela quantidade de vidas que ele alcança”.
Adaptado por Redação Gospelminas. Referências: Troféu Talento e Myrian Rosário (Portal Guia-me).
Fonte: Redação Gospelminas.com