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Ex-ator pornô vira pastor e publica livro

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ex-ator-porno-pastorJúlio Vidal na juventude era visto como galã.

 

Tinha conta bancária recheada e estava no auge da carreira de ator e diretor de filmes pornográficos quando deixou o mundo erótico para se tornar pastor evangélico e assumir o verdadeiro nome.

 

Até então, tudo o que Giuliana Ferreira, 35, havia conquistado – carros, casas e sucesso – era uma realidade muito diferente de sua infância pobre no Carmago Novo, em Itaim Paulista.

 

Foi após uma infecção generalizada, que começou com uma dor de dente e evoluiu para um coma induzido que Ferreira disse ter vivenciado uma experiência espiritual, que chama de “contato com Deus”. E virou pastor.

 

“A infecção tomou meus órgãos e estava avançando sobre o pulmão. Os médicos avisaram minha família de que minhas chances de sobreviver eram mínias.”

 

No quinto dia, afirmou que acordou sozinho e nenhum médico soube explicar o que aconteceu. Para ele, foi um “chamado”.

 

Enquanto trabalhava com a indústria do sexto, Ferreira disse que tinha uma renda mensal média de R$9.000.

 

No currículo, cerca de 300 filmes eróticos, nove direcionados ao público homossexual, para quem adotou o nome de Juliano Ferraz.

 

A decisão de abandonar a carreira, de acordo com ele, lhe rendeu uma multa contratual. Havia assinado contrato com uma produtora norte-americana e estava morando na Hungria.

 

“Vendi tudo o que eu tinha para pagar [a multa]. Carros, casas, forma tudo embora”, disse ele, cuja última atuaã foi com Rita Cadillac no filme “A Primeira Vez” (2006).

 

Ferreira também atuou com as atrizes Márcia Imperator e Vivi Fernandes, conhecidas no mundo erótico. Conseguiu um empreso em São Carlos (232 Km de São Paulo) numa recepção de hotel, com salário de R$900, ou 10% do que recebia.

 

Arrependimento

 
“Tudo o que vivi vejo como experiências. Fiz porque me dava dinheiro, mas se voltasse no passado, não faria.” Após sair do coma, decidiu procurar uma igreja. Afirmou que se identificou com a Assembleia de Deus.

 

Se tornou membro ativo e, depois, passou a ser convidado por pastores para contar a sua história nos cultos.

 

A primeira vez ocorreu em Ribeirão Bonito (263 Km de São Paulo), cidade vizinha a São Carlos, e, segundo ele, com o local lotado.

 

“Todo mundo queria saber quem era o ex-ator pornográfico que virou pastor”, afirmou Ferreira, que atualmente arrasta fiéis em São Carlos, onde mora, e leva a sua história a outros cultos da igreja pelo país afora.

 

Diz defender a valorização da família e a fidelidade no casamento – casado e com dois filhos, afirmou condenar o sexo por prazer.

 

“A fornicação é considerada pecado pelo evangelho. Eu era um material, vendia o meu corpo”, disse.

 

Hoje, sua renda vem da venda de produtos evangélicos. Com um “desabafo”, escreveu o livro “Luz, Câmera, Ação e Transformação” (editora Semeando), sobre a sua trajetória. Diz que sonha agora em ter a sua história contata em um filme – mas que quer ver somente como espectador.

 

Folha de São Paulo

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