Revelação do Timão, Marcelo Oliveira, viveu drama por problema no joelho e fez até tatuagem com frase de efeito para comemorar retorno aos gramados.
Um ano, três cirurgias e muita paciência depois, Marcelo Oliveira está de volta aos jogos do Corinthians. Sem olhar para trás e tentando esquecer o drama que viveu na carreira, o volante quer recuperar o tempo que perdeu ao romper o ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo, dia 4 de agosto de 2007, contra o Goiás, ainda pela Série A do Campeonato Brasileiro.
Para suportar a tristeza e se concentrar na recuperação, Marcelo Oliveira se apegou à família e aos filmes. Como passava todo o dia no Parque São Jorge fazendo tratamento intensivo, aproveitava o tempo livre durante no período noturno para curtir a noiva, com quem mora junto, e procurar forças através das telas.
E foi na produção evangélica norte-americana “Desafiando Gigantes”, de 2006, que encontrou o maior apoio. Indicado pelo lateral-direito Marco Aurélio, do Vitória-BA, com quem jogou no Paulista, o filme conta a história de um treinador de futebol americano que consegue reerguer a carreira ao conhecer os ensinamentos da bíblia.
– É um filme de muita superação e fé. Me deu muita força. Foi com uma frase que vi nele (“Com Deus tudo é possível”) até fiz uma tatuagem nas costas – conta.
A história do volante, aliás, poderia até ir para a telona. Ele vinha sendo um dos poucos destaques do Timão até romper o ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo. Depois da primeira operação, voltou à mesa de cirurgia por conta de uma infecção. Pouco tempo depois, já treinando no clube, percebeu que não conseguia fazer todos os movimentos e passou por nova intervenção. Três em menos de um ano.
– Foi uma época muito complicada. Não conseguia nem dobrar a perna. Sempre tive a esperança de que voltaria a jogar, fiquei muito triste com o rebaixamento porque também fiz parte daquele elenco. O que passei não foi fácil – lembra.
Marcelo Oliveira foi relacionado para a partida contra o Criciúma, neste sábado, às 16h10m, no Pacaembu, pela Série B. Mais uma vez, vai precisar de calma para conseguir uma chance como titular.
– Não posso atropelar. O tempo que perdi não tem mais como recuperar. O jeito é ter paciência, a mesma que tive até agora – completa.
Fonte: O Verbo