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Garota cristã acusada de blasfêmia sai da prisão no Paquistão

Ela foi levada de helicóptero para um lugar seguro, disse
ministro. Rimsha foi presa por queimar papéis que continham versos do Alcorão.

A jovem cristã paquistanesa acusada de ter profanado o
Alcorão saiu neste sábado da prisão em que estava detida havia três semanas,
segundo o ministro paquistanês para Harmonia Nacional.

Ela deixou a prisão e foi levada de helicóptero para
um lugar seguro, onde ficará com a família, declarou à AFP Paul Bhatti,
ministro paquistanês para a Harmonia Nacional, responsável pelas relações entre
a maioria muçulmanana e as demais minorias.

Os canais de televisão paquistaneses mostraram imagens da
adolescente – com o rosto coberto por um véu – saindo em um veículo blindado do
prédio da prisão até a pista do helicóptero.

Um juiz paquistanês autorizou na sexta-feira a libertação
sob fiança de Rimsha Masih. O juiz estabeleceu uma fiança de um milhão de rúpias (10.400
dólares).

Esta decisão decide o caso, ou seja, a culpabilidade ou não
da jovem e a investigação prossegue, segundo um dos advogados de Rimsha, Raja
Ikram, que acrescentou que a adolescente não pode deixar o país.

A jovem analfabeta e com deficiências mentais, de 14 anos de
idade segundo os médicos que a examinaram, está detida há três semanas depois
de ter sido acusada por vizinhos do bairro popular onde mora, na periferia de
Islamabad, de ter queimado papeis que continham versos do livro sagrado muçulmano
do Alcorão, um crime suscetível de punição com prisão perpétua no Paquistão.

O caso deu uma reviravolta no fim de semana passado quando a
polícia prendeu o imã da mesquita próxima à residência da jovem cristão e o
acusou de ter entregue ele próprio as páginas do Alcorão trazidas por um
vizinho com o objetivo de expulsar os cristãos do bairro.

G1

Thalles Brandão

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