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Homem que ficou na UTI comemora cura da Covid: “Aprendi a confiar em Deus”

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Socorrista que ficou na UTI comemora cura da Covid-19 perto do Natal e diz que aprendeu a confiar em Deus – Foto: Arquivo Pessoal

Um profissional da área da saúde, que ficou quatro dias internado na UTI com Covid-19, em Itupeva (SP), está comemorando sua alta, isso porque, ele poderá passar o feriado com a família.

José Luís Penteado Silva, de 60 anos, como parte do grupo de risco, profissional da área da saúde como socorrista, ex-fumante e recém-operado no coração, comemora em saber que poderá passar o Natal com seus entes queridos.

Em entrevista ao Portal G1, José Luís, conhecido como Boa, relatou que trabalha como socorrista e foi afastado em abril. Em outubro ele voltou a trabalhar, mas testou positivo para o coronavírus dois meses depois.

Em julho de 2019, ele passou por uma cirurgia de valvuloplastia, um procedimento que é realizado em uma das valvas do coração. Além disso, ele foi tabagista durante 46 anos e parou de fumar há um ano e seis meses.

“Agora vou poder trabalhar tranquilo e ajudar as pessoas. A gente que é socorrista quer ajudar. Passei por tanta coisa esse ano, mas aprendi a confiar em Deus. É uma parte curada da minha vida”, relata.

A maior preocupação da família de José Luís era que ele não resistisse ao coronavírus, considerando o seu histórico médico. De acordo com a filha dele, Kauani Penteado, de 27 anos, os sintomas começaram no dia quatro de dezembro. José Luís foi internado no dia 13 e precisou ser encaminhado à UTI no dia 16, pois estava com 25% do pulmão afetado.

“Meu pai gosta muito do que ele faz. Quando ele está chateado, fica bravo. Ele estava ansioso por voltar a trabalhar, mas tinha aquele medo. Levava comida de casa, andava com álcool em gel. Ele é muito ‘durão’, não gosta de ficar demonstrando”, conta Kauani.

Família o aguarda ansiosamente

Segundo a filha, José recebeu alta no último domingo (20). O período de isolamento social termina no dia de Natal, e a família aguarda ansiosa.

“Quando esse ano a gente viu que ele se encaixava em todos os grupos ficamos preocupados. Até hoje não consigo dormir uma noite inteira. Foi horrível. Estamos sem abraçar ele ainda, só no dia 25. O meu presente de Natal vai ser um abraço”, comenta Kauani.

O socorrista é pai de outros dois filhos e tem quatro netos. Durante os oito primeiros meses de pandemia, ele apenas saiu de casa duas vezes para ir ao mercado. Depois do dia 25, ele pretende voltar ao trabalho.

“O que eu quero é trabalhar com as pessoas. A gente encara diferente o atendimento, não tem aquele medo. Essa pandemia deixou todo mundo um isolado do outro. Como socorristas, a primeira mão que a pessoa vai receber é a nossa, mas estava difícil”, relata José Luís.

Depois de três semanas de preocupação e dores, a recuperação veio em boa hora para o socorrista. A saudade em poder estar próximo da esposa e filhos, de forma segura, trouxe alívio para José Luís.

“Deus está dando mais força e as coisas vão passando. Faz tempo que não tenho abraço, então vai ser bem apertado”, ressalta.

 

Com informações de G1 Sorocaba e Jundiaí.

 

 


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