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Hospital de Recife realiza aborto em menina estuprada pelo tio

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Médicos do Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam), da Universidade de Pernambuco em Recife, interromperam a gravidez da menina de 10 anos que engravidou do próprio tio no Espírito Santo. A criança havia sido transferida para outro estado em companhia da avó e de uma assistente social da Secretaria da Saúde do Espírito Santo (Sesa), após o Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes (Hucam) negar a realização do aborto.

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O médico, gestor da unidade e professor universitário, Olimpio Barbosa de Morais Filho, revelou que durante a tarde de ontem (16), foi dado início ao processo de aborto, com aplicação de drogas. Segundo o médico, manter a gravidez na sua idade teria muito mais riscos de complicações e de morte que em um adulto. A informação foi publicada pelo site Tribuna Online.

– Ela passa bem. Assim que desembarcou no aeroporto, já veio para o Cisam onde foi encaminhada para a sala. Lá, por volta das 17h00, foi aplicada a droga que induz o óbito fetal para não haver prolongamento do sofrimento. É uma injeção. Depois é aplicada a medicação de indução para a expulsão do feto, que é comprimido. O passo seguinte é a curetagem com anestesia – Disse o médico.

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Segundo o gestor do hospital, a expulsão é semelhante a um trabalho de parto e que pode durar entre quatro e 10 horas. De acordo com o médico, a criança deve ter alta na terça-feira (18) e retornar ao estado dela na quarta (19).

Ainda de acordo com ele, o procedimento traz riscos para a criança, mas afirmou que o risco é menor que um parto.

– No caso dela, se continuasse a gravidez, por causa da idade, teria riscos muito maiores de complicações e morte que uma mulher adulta. Além disso, ela não queria de jeito nenhum a gravidez. Ela verbalizava que não aceitava de jeito nenhum. Quando acontece isso, obrigar uma criança é uma tortura muito grande, destrói a vida da pessoa – Avaliou o médico.

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Ele também explicou o motivo que a menina foi transferida para Recife a fim de realizar o procedimento.

– Foi um contato da Secretaria de Saúde do Espírito Santo. Me ligaram dizendo que não era possível fazer no Estado. De vez em quando ligam para gente de lugares que não têm serviços ou experiência com esse tipo de procedimento. Eu estava sabendo do caso e a Justiça passou um resumo. Nesses casos de estupro a gente faz o procedimento – Disse ele.

O procedimento, determinado pela Justiça capixaba, consiste na injeção de medicamento para levar o feto a óbito, o que já foi feito ainda na noite deste domingo (16), e na madrugada desta segunda-feira (17), teve início a segunda etapa, que é a indução da expulsão do feto, também feita por medicamento. Essa etapa só será concluída com a limpeza total do útero.

A menina estava grávida de aproximadamente 22 semanas após ter sido estuprada pelo tio de 33 anos e está foragido. A criança chegou a ser internada no Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes (Hucam) em Vitória no ES, mas uma equipe médica se recusou a fazer o aborto autorizado pela Justiça alegando que “a idade gestacional não está amparada na legislação vigente.”

 

Com informações de Tribuna Online.


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