A Igreja Cristã Maranata se destaca por levar a Palavra de Deus a todos os membros, inclusive aos surdos, através de seminários ministrados em Língua Brasileira de Sinais (Libras).
Esse trabalho acontece há alguns anos e é realizado em várias igrejas da Maranata em todo o Brasil. Paralelamente a essa ação de levar o evangelho a esse público em específico ajudo-as a se aproximarem ainda mais de Deus, também tem ajudado essas pessoas a conquistarem sua independência e autonomia. É o que explica o coordenador do Trabalho de Acessibilidade da Igreja Maranata, em entrevista à ‘A Gazeta’.
“Começamos com pessoas surdas, que foram as primeiras a serem atendidas pelo trabalho de acessibilidade, porque, desde 1989 temos registrado a presença de pessoas surdas no culto. A cada pastor buscava do seu jeito, garantir formas desses fiéis poderem participar dos cultos”, disse o pastor Medina, que é coordenador do Trabalho de Acessibilidade da Igreja Maranata.
O trabalho feito pelos voluntários da Igreja Maranata consiste em elaborar vídeos em Libras que são disponibilizados no YouTube, o que tornou-se comum com a pandemia do novo coronavírus. Segundo a igreja, o intuito sempre foi e será a evangelização desse público.
“Nossa missão é dar acesso à palavra de Deus, mas não fica apenas nisso, pois essas pessoas também conquistam sua independência e autonomia”, disse o pastor.
“Criamos salas simultâneas com cada um para fazer o atendimento personalizado, como se estivéssemos presenciais. É o ponto alto do custo. Esse momento de interação, principalmente, porque muitos estão em casa e não conseguem ir à igreja. Vai além da assistência espiritual, pois também contribuiu com a questão social e da interação com outras pessoas”, acrescentou.
Além dos surdos, a Igreja Maranata leva a palavra de Deus aos surdocegos – que são pessoas que possuem perda sensorial tanto na visão quanto na audição.
“Temos uma equipe muito grande para o material didático para crianças e pais. Fazemos a interpretação em libras do que é aprendido na escola bíblica dominical. Para crianças surdas e também para pais e gestantes surdos para que eles ensinem seus filhos. Para cegos, além de fornecer todo o material escrito em braile, para aqueles que sabem ler, orientamos os professores a fazerem ajuda de toda a aula, localizando a criança dentro das salas e também a utilização de material tátil, uma vez que a criança cega não tem memória visual”, conta a pediatra e da infância e adolescência, Maria Amin, que integra os grupos responsáveis pelas adaptações do material didático.