Uma pesquisa realizada por um astrônomo australiano sugere que Jesus Cristo teria nascido no dia 17 de junho, e não em 25 de dezembro, como reza a tradição. De acordo com Dave Reneke, a Estrela de Belém, que segundo a Bíblia guiou os magos do Oriente até o estábulo onde o menino nascera, apareceu no céu seis meses mais cedo e dois anos antes do que se pensava. Estudos anteriores já haviam levantado a hipótese de que o nascimento de Cristo teria ocorrido entre os anos 3 a.C e 1 d.C.
O astrônomo explica que a conclusão é fruto do mapeamento dos corpos celestes da época em que Jesus nasceu. O rastreamento foi possível a partir de um software que permite rever o posicionamento de estrelas e planetas há milhares de anos. Baseando-se no Evangelho de Mateus, que descreve a aparição de uma estrela como sinal do nascimento do Salvador, Reneke identificou a conjunção dos planetas Vênus e Júpiter, que teriam emitido uma forte luz que poderia ter sido confundida com a de uma estrela. “Os dois planetas chegaram muito perto no ano 2 a.C., refletindo muita luz. Não podemos dizer com certeza que esta era a estrela de Natal descrita na Bíblia, mas até agora esta é a explicação mais plausível que já vi sobre isso”, disse o especialista à BBC Brasil.
O estudioso diz que a pesquisa não é uma tentativa de contestar a religião. “Quando misturamos ciência e religião há a sempre a chance de chatear as pessoas. Neste caso, os resultados podem servir para reforçar a fé, porque mostram que realmente havia um grande objeto brilhante no céu no momento certo”. Mas muitos teólogos já contestavam a data atribuída ao nascimento de Jesus bem antes dos estudos de Reneke. Isso porque o Novo Testamento diz que, quando o menino veio ao mundo, os pastores cuidavam de seus rebanhos à noite, ao ar livre – o que seria inviável em dezembro, já que o inverno israelense é muito rigoroso.
Fonte: Cristianismo Hoje