O Parlamento de Israel aprovou pela primeira vez, na noite desta segunda-feira, uma lei que proíbe organizações, atividades e propaganda nazistas no país.
De acordo com a nova lei, pessoas envolvidas em “grupos que, de maneira organizada, pregam, incentivam ou incitam o racismo, inclusive os princípios nazistas”, serão condenadas a um ano de prisão.
A lei é conseqüência da prisão, em setembro de 2007, de um grupo de jovens israelenses neonazistas. Os oito adolescentes foram acusados de agredir judeus ultra-ortodoxos, homossexuais e trabalhadores estrangeiros.
Na época, a investigação da polícia – iniciada depois que sinagogas foram pichadas com suásticas e dizeres como “morte aos judeus” – revelou que os jovens eram adeptos da ideologia nazista, o que chocou vários israelenses.
“Em Israel nunca houve uma lei contra o nazismo, porque ninguém nunca pensou, nem no mais terrível dos sonhos, que aqui pudesse existir esse tipo de fenômeno”, disse o deputado Moshe Gafni, um dos autores da proposta de lei.
Anti-racismo
Segundo Gafni, do partido ultra-ortodoxo Yahadut Hatora, sua intenção original era criar uma lei específica contra organizações nazistas, porém na discussão da Comissão Legislativa do Parlamento a lei foi ampliada e passou a incluir todos os tipos de racismo.
Em Israel já existe uma lei contra propaganda e incitamento ao racismo, a nova lei acrescenta à proibição a formação de organizações racistas.
A lei anti-racista tambem deverá dificultar as atividades de grupos da extrema direita israelense, que pregam o racismo contra árabes.
Fonte: BBC Brasil