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Porteiro sobrevive após ter corpo atravessado por ferro: “Nasci de novo”

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Jeferson Rosendo após a cirurgia e, ao lado, o carro em que sofreu o acidente – Foto: Reprodução / TV Gazeta

O porteiro Jeferson Rosendo, de 31 anos, dirigia no sentido Praia do Canto, em Vitória (ES). E acabou sofrendo uma colisão com a barra de proteção da Ponte de Camburi na manhã de sábado (23/01). Ele deixou a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Estadual de Urgência Emergência (HEUE) na segunda-feira (25/01).

De acordo com a reportagem de “A Gazeta”, o morador da Serra comemorou o milagre de estar vivo: “Nasci de novo”.

Com o impacto da batida, uma das barras de ferro da estrutura da ponte se soltou e atravessou o corpo de Jeferson. Uma dessas barras entrou no ombro direito e saiu no braço.

O acidente aconteceu por volta das 7h do último sábado (23). De acordo com a Guarda Municipal De Vitória, o motorista colidiu com a barra de proteção da Ponte de Camburi, em Vitória, no sentido Praia do Canto. O resgate durou cerca de 40 minutos e foi complicado. No entanto, Jeferson sobreviveu ao acidente e afirma estar bem.

“Graças a Deus passei pela cirurgia, foi tudo certo e meus exames estão bons. Minha glicemia e pressão estão corretas, meus batimentos cardíacos estão bem. Estou respirando bem, sem aparelho desde que cheguei e hoje deixei a UTI”, contou.

Jeferson também disse que deve a vitória a Deus. “Levei uns trezentos pontos nas costas, mas com livramento de Deus isso não foi nada. Logo, logo, estou aí de novo. Só quebrou a escápula, não atingiu órgão nenhum, nenhuma artéria. Estou em recuperação e amanhã devo ir para enfermaria e vou poder receber visitas. A dor não é nada perto do livramento que eu vivi. Estou muito feliz mesmo”, disse.

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CIENTE DE TUDO

Um dos aspectos que mais surpreende do grave acidente foi que Jeferson acompanhou cada detalhe sem perder a calma em momento algum. Ele contou que tinha acabado de comprar pão em uma padaria e que estava a caminho do trabalho no momento em que tudo aconteceu.

“Assim que eu subi a ponte, ali tem um ressalto de concreto. Passei por ali, virei um pouco volante, não estava correndo, não estava com pressa, até porque eu não estava atrasado, mas comecei a rodar”, contou.

“Pensei que só Deus poderia me salvar, não tinha outra coisa para pensar. Bati no meio fio e fui em direção a ele. Então senti a barra de ferro passando por mim e pedi a Deus para que ela não atingisse um órgão. Me apalpei para ver se estava tudo bem. Quando vi que a barra de ferro havia passado pelo meu braço, fiquei mais sossegado”, acrescentou.

Jeferson foi o primeiro a acionar o Samu. “O pessoal de fora estava mais nervoso que eu. Liguei para o Samu, mas não conseguiram ouvir direito, então mais gente ligou. Antes de eu abrir a porta do carro, um senhor bateu no vidro e falou para eu ficar calmo, mas eu já estava. Pedi a ele para pegar meu telefone e falar com a moça do Samu. Foi só esperar o resgate. Eu sentia dor, mas a felicidade de estar vivo era maior”, explicou.

A CIRURGIA

Assim que chegou ao hospital, Jeferson foi encaminhado para sala de cirurgia. Segundo ele, a barra que atravessou o seu corpo tinha o diâmetro semelhante à parte interna de um rolo de papel higiênico. Questionado sobre o procedimento cirúrgico, ele disse que não lembra de nada. E que simplesmente “apagou”.

“A equipe do hospital é muito prestativa, faz as coisas com calma. Eles logo estudaram meu caso e analisaram como seria feita a cirurgia, que foi bem sucedida, não tive problemas nem durante, nem depois”.

“Ainda não sei quando vou ter alta, mas já estou em observação na enfermaria e estou muito feliz. Meus amigos estão aqui, assim como meus familiares. Só tenho a agradecer. Deus esteve comigo o tempo todo, eu não tenho dúvida disso. E vai continuar assim”, ele finalizou.

 

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