Menos de seis meses depois da liberação, pelo Supremo Tribunal Federal, das pesquisas com células-tronco embrionárias, a ciência brasileira já começa a mostrar resultados. Os pesquisadores Stevens Rehen, do Programa de Oncobiologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e Lygia Pereira, do Departamento de Genética e Biologia Evolutiva do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo, a USP, anunciaram a obtenção da primeira linhagem 100% nacional do material. A coleção de células-tronco embrionárias humanas é a primeira a ser obtida na América Latina. O anúncio oficial será feito na abertura do Simpósio Internacional de Terapia Celular, que começou nesta quarta-feira, em Curitiba (PR).
As equipes das duas universidades já trabalhavam com linhagens de células embrionárias humanas importadas. Mas obter a linhagem nacional é um passo importante para o desenvolvimento de tecnologia e para a autonomia das pesquisas no país. Rehen anunciou também o desenvolvimento de uma tecnologia totalmente desenvolvida na UFRJ que garante uma forma 68 vezes mais eficiente e três vezes mais barata de expandir as linhagens celulares existentes.
As células-tronco são um dos primeiros estágios da vida embrionária. Elas dão origem a todos os tecidos, órgãos e estruturas do organismo. Experiências têm mostrado que é viável sua utilização para desenvolver terapias genéticas capazes de beneficiar a humanidade, inclusive na cura de doenças degenerativas, como o diabetes e o mal de Alzheimer, bem como a reabilitação de pessoas que sofreram traumas neurológicos, como a paraplegia.
Fonte: Cristianismo Hoje