Está viralizando na internet o caso da cobra voadora chamada Chrysopelea Paradisi, natural do sul e sudeste da Ásia. O animal vem intrigando cientistas pela capacidade de saltar de árvores e planar no ar por distâncias de até 24 metros.
Conhecida como “a cobra das árvores do paraíso”, a cobra usa essa característica não só para se locomover no ambiente, mas também para os auxilia a evitar predadores. Quando estão em sob o ar, as serpentes promovem ondulações em seus corpos, como se estivessem deslizando no solo.
Com isso, pesquisadores resolveram publicar um estudo sobre a descoberta da dinâmica das ondulações destas cobras. Pesquisadores da Universidade Virginia Tech nos Estados Unidos colocaram etiquetas de captura de movimento em sete delas e as filmaram com câmeras de alta velocidade, enquanto elas voavam alcançando e a marca incrível de 24 metros.
Diante disso, os cientistas captaram dados através dos sensores acoplados nas serpentes e produziram um modelo em 3D do movimento dos animais. Os autores então simularam saltos com e sem ondulações.
– Uma das conclusões deste estudo é que a ondulação aumenta a estabilidade das serpentes voadoras. Sem a ondulação as cobras ainda percorrem uma distância horizontal, mas o que acontece é que elas falham e acabam, praticamente, tombando – Disse Isaac Yeaton, autor principal do estudo e pesquisador da Universidade Johns Hopkins (EUA).
Conforme o estudo publicado sobre o caso, a ondulação gera uma combinação de movimentos horizontais e verticais que garantem que a cobra tenha um pouso adequado após o salto, permitindo que o animal alcance o solo de forma segura. Para os pesquisadores, a análise da ondulação das cobras voadoras ainda pode ter aplicações na robótica.
O movimento de ondulação de cobras no solo já inspira movimentos de robôs na água e em ambientes arenosos. De acordo com o trabalho, o movimento ondulatório feito pelo chão é o mesmo feito no ar, o que faz com que o animal tenha essa capacidade.
– Podemos usar o que descobrimos sobre a ondulação aérea e traduzir isso para os robôs, a fim de garantir um ‘deslizamentos’ bem-sucedido” – Disse Yeaton
Apesar de parecerem assustadoras, as Chrysopeleas Paradisis têm um veneno considerado inofensivo, sem causar danos aos seres humanos.
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