O prefeito da cidade do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos), afirmou nesta sexta-feira (1º), que ele tem “fé em Deus” de que o sistema de saúde da capital não vai entrar em colapso por conta da pandemia do coronavírus. Crivella inaugurou parcialmente o hospital de campanha no RioCentro hoje na cidade.
– Eu tenho fé em Deus de que não vai entrar em colapso. Nós estaremos com certeza preparados para essa crise. Com muita fé em Deus, e com nossos profissionais, vamos vencê-lo – disse Crivella que é bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus.
A declaração de Crivella vem depois que a Secretária Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, Beatriz Busch, ter admitido o risco de colapso no sistema de saúde da capital. A declaração também foi dada durante a inauguração do maior hospital de campanha do Rio na manhã desta sexta-feira.
– O sistema público municipal pode colapsar se os outros entes [Estado e União] não abrirem seus leitos. O sistema público municipal não consegue sustentar todo o Estado. O sistema público pode colapsar se a população não colaborar, for às ruas, retomar seus hábitos, porque aí a gente não consegue segurar essa curva [de infectados] – disse a secretária.
O Hospital de Campanha montado no RioCentro, na Zona Oeste do Rio, começa a receber pacientes nesta sexta-feira (1º). A inauguração da unidade aconteceu às 8h00 e contou com a presença do prefeito Crivella, que pediu um minuto de silêncio em homenagem a todos os que morreram por causa da pandemia.
A unidade exclusiva para atender pacientes com a Covid-19 terá 100 leitos de UTI e 400 de clínica médica quando estiver funcionando com toda sua capacidade. Nesse primeiro momento, apenas 100 leitos estão disponíveis, sendo 20 de UTI. A Prefeitura do Rio não informou exatamente quando a unidade estará funcionando por completo.
Para a diretora do hospital de campanha, a cardiologista Valesca Marques, o trabalho será um grande desafio.
– Vai ser um trabalho árduo, pesado, e faremos tudo o que estiver ao nosso alcance, dia e noite, para que possamos devolver os seus familiares vivos e bem”, disse a médica quando foi confirmada como diretora – disse ela.