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Temporais voltam a Minas na quarta-feira
Depois da tempestade que atingiu a Região Metropolitana de Belo Horizonte sexta-feira, com queda de granizo, o céu voltou a ficar claro no domingo. Mas as belas paisagens do início da primavera devem durar pouco.
Satélites do Centro de Climatologia MG Tempo/Cemig/PUC Minas apontam a chegada de nova frente fria no estado, a partir de quarta-feira, e as pancadas de chuva devem voltar a atingir a maior parte do estado. Em Monte Verde e Maria da Fé, no Sul de Minas, os termômetros podem se aproximar de registros negativos.
As tempestades que atingiram a capital devem ter maior freqüência e intensidade a partir da segunda quinzena de novembro. Segundo o meteorologista, Ruibran dos Reis, esta pode ser a pior temporada de chuvas dos últimos anos. “Este ano, os fenômenos El Niño e La Niña não estão atuando e, com isso, a chegada das frentes frias se dá com maior facilidade”, afirma. O meteorologista explica que o El Niño ocorre quando as temperaturas da água do Oceano Pacífico, nas costas do Peru e do Equador, ficam de dois a cinco graus acima da média histórica. Com o La Niña ocorre o inverso, ou seja, os termômetros marcam índices abaixo do normal.
Depois da passagem por Minas Gerais, que se formou em São Paulo na tarde de quinta-feira, a frente fria encontra-se em dissipação no Sul da Bahia, diminuindo a probabilidade de chuvas até quarta-feira. Os satélites mostram algumas nuvens baixas nas regiões Norte, Nordeste e Leste do estado.
Apesar de a previsão ser de chuva para o restante da semana, os belo-horizontinos podem se despreocupar quanto à queda de novas pedras de granizo. Por causa do aumento do calor, a probabilidade do aparecimento de granizo também é menor esta semana. “A maioria das nuvens que provocam raios tem granizo, mas, em contato com temperaturas altas, as pedras se transformam em gotas de chuva”, afirma o meteorologista. Domingo, os termômetros marcaram máxima de 26 graus na capital e até quarta-feira deve ter aumento de dois a três graus.
Prevenção
Em Belo Horizonte, a cada nova chuva aumentam as queixas de moradores, impedidos de fazer tarefas básicas do dia-a-dia, como tomar banho quente e assistir à televisão, por causa de problemas na rede elétrica da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). No mês passado, mais de 10 mil imóveis ficaram sem luz por mais de 50 horas na região metropolitana e, ao tentar contato com a empresa, os clientes não conseguiam falar no serviço de atendimento.
Segundo a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec-MG), o período situado entre outubro e abril é marcado pelo aumento no número de ocorrências calamitosas provocadas por chuvas intensas, especialmente nas regiões montanhosas, nos pontos cortados por rios que apresentam risco de transbordamento e nos locais habitados de forma irregular.
A Cedec orienta os moradores de áreas de risco a fazer a limpeza dos telhados, desobstruir calhas, manter limpos os ralos, esgotos, galerias e valas, além de retirar entulhos dos quintais e providenciar a poda ou corte de árvores com risco de queda.
Fonte: Uai
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