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Cerca de 200 mil consumidores ficaram de sábado até ontem à noite sem luz em BH

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Pelo menos 15 mil imóveis da Grande Belo Horizonte continuavam sem energia elétrica até o fim da noite de ontem, após mais de 24 horas da forte chuva e da ventania que danificou parte da rede de distribuição da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), por volta das 18h de sábado. 

Anteontem, cerca de 200 mil consumidores chegaram a ficar sem luz. Durante todo o domingo consumidores de vários pontos da capital e da região metropolitana ligaram para a redação de O TEMPO indignados com a falta de energia e também com a dificuldade em falar na Cemig. A central de atendimento da Cemig, (116) estava com as linhas congestionadas. Os poucos que conseguiam falar com atendentes não obtinham previsão para o restabelecimento da energia.

O gerente de operações de distribuição da Cemig para a região central, Danilo Gusmão, chegou a calcular que os consumidores teriam a energia religada ontem, por volta das 20h. 

Entretanto, a previsão não foi cumprida. Até as 22h ainda faltava energia em diversos pontos, conforme constatou a reportagem. Dirceu Naves, gerente do restaurante Tertute, no Barro Preto, região Centro-Sul de Belo Horizonte, disse que fez 56 ligações para a Cemig, mas não conseguiu falar com ninguém. O estabelecimento ficou sem energia às 21h de sábado e continuava na mesma situação até o fim da noite de ontem. O restaurante fechou mais cedo anteontem, não funcionou ontem e não abrirá hoje, porque o material para preparar as refeições foi perdido. Ele estima que teve um prejuízo de R$ 3.500. "O comércio do quarteirão está na mesma situação." No apartamento de Adelaide Schettino, 84, moradora do Carmo Sion, a energia acabou às 18h de sábado e, até o fim da tarde de ontem, não tinha sido restabelecida.

Ela mora no décimo andar e não teve como sair de casa nem para medir a pressão, como precisa fazer todos os dias. O prédio não tem gerador para colocar os elevadores em funcionamento. "Não posso usar os telefones. À noite usei uma lanterna", disse. O professor universitário Antônio Moreira, 54, morador do bairro Salgado Filho, precisou correr ontem para entregar um trabalho que seria enviado via e-mail pelo computador de casa e teve que pagar um taxi porque não conseguia abrir o portão da garagem. No bairro Serra, a faxineira Bernadete Azevedo, 46, que mora com dois filhos e o pai de 90 anos em um aglomerado, perdeu tudo que estava na geladeira. "Não posso abrir o leite porque não tenho onde colocar."

Fonte: O Tempo

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