Verão e chuvas intensas acendem alerta para aumento de casos de dengue no Brasil

Com a chegada de dezembro e o início do verão, o aumento das chuvas e do calor cria um ambiente ideal para a proliferação do Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. Autoridades de saúde já reforçam os alertas para a população redobrar os cuidados e prevenir o crescimento dos casos.

A dengue no último verão
O verão passado foi marcado por uma epidemia histórica de dengue no Brasil. Entre janeiro e outubro de 2024, foram registrados 6,5 milhões de casos prováveis e mais de 5.500 mortes, segundo o Ministério da Saúde. O aumento nos casos chegou a 400% em relação ao ano anterior.

O Distrito Federal foi destaque negativo, registrando a maior incidência do país nos primeiros meses do ano, com 161.299 casos, número quatro vezes maior que o total de 2023.

O que esperar da próxima temporada?
De acordo com Claudia Codeço, pesquisadora da Fiocruz e coordenadora do InfoDengue, boa parte da população pode estar imunizada contra os vírus mais circulantes (dengue 1 e 2). Contudo, o sorotipo 3, que circula em algumas regiões, pode influenciar o comportamento da doença.

Apesar do desafio, Codeço destaca que o país está mais preparado: “Houve um fortalecimento da vigilância e capacitação de municípios, especialmente aqueles que não tinham enfrentado a dengue anteriormente”.

Estratégias de combate
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal implementou diversas ações para controlar o mosquito, como:

• Estações disseminadoras de larvicida;
• Borrifação residual intradomiciliar;
• Novo sistema de monitoramento das ações de controle vetorial.

Além disso, 512 agentes de vigilância ambiental visitam cerca de 5 mil imóveis diariamente, com o suporte de 30 carros fumacê.