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A Internet que é imprópria para menor

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Rodolfo tem 14 anos e, assim como milhares de adolescentes da sua idade, adora ficar conectado à Internet. Sua mãe, a professora Maria de Fátima Martins Barbosa, 40, fica preocupada com a exposição excessiva do filho a conteúdos que ela, nem sempre, tem controle. 

E é prudente ficar de olho mesmo. Uma pesquisa divulgada ontem pela ONG SaferNet Brasil, especializada em denúncias de crimes cibernéticos, e pelo Ministério Público Federal de São Paulo mostra que 53% das crianças e jovens tiveram contato com conteúdos agressivos e considerados impróprios para a idade alguma vez na vida. E os pais estão preocupados. De acordo com o estudo, 74% teme que o filho seja vítima de adultos mal-intencionados e 84% que eles encontrem conteúdo agressivo ou impróprio. Mas 63% confirmaram que não colocam limite mesmo achando que o filho navega tempo demais e de forma insegura. O estudo foi feito de julho a setembro deste ano e envolveu 875 crianças e adolescentes com idade entre 5 e 18 anos de todo o Brasil, além de 451 pais. O psicólogo e diretor de prevenção e atendimento da SaferNet, Rodrigo Nejm, ficou espantado com o grau de dependência dos jovens com a web.

Muitos disseram que a Internet é o principal meio de diversão. Quando essa dependência começou a acontecer com Rodolfo, Fátima e o marido precisaram intervir. O jeito foi matriculá-lo numa aula de vôlei. "Ele acordava e já ia para o computador." Hoje, Rodolfo passa, em média, seis horas por dia na Internet, tempo considerado razoável pela mãe, já que ele usa a rede também para fazer trabalhos de escola. Outra forma de controlar sem proibir é os pais também utilizarem a Internet. Assim fez Márcia Clemente com o filho Pierre, 13. Quando ele criou um perfil no Orkut, ela também se interessou pelo site de relacionamentos. Depois, viu que seria uma forma de estar presente. "Se tiver alguma coisa suspeita, mando excluir e ainda peço para que ele não adicione pessoas desconhecidas", disse. De acordo com a pesquisa, 31% dos pais acompanham os filhos fazendo cadastros em sites de relacionamento. "A Internet também tem coisas boas até mesmo para uma criança de 5 anos", afirmou Nejm. De janeiro a junho de 2008, a SaferNet Brasil recebeu mais de 44 mil denúncias de crimes cibernéticos. Grande parte é pedofilia.

Fonte: O Tempo

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