Acidente entre três veículos deixa 38 mortos na BR-116 em MG

Ônibus pegou fogo após colidir contra carreta — Foto: Corpo de Bombeiros MG/Divulgação

Um grave acidente envolvendo três veículos resultou em 38 mortes na madrugada deste sábado (21), no KM 285 da BR-116, em Lajinha, distrito de Teófilo Otoni. Segundo informações do Corpo de Bombeiros, o acidente aconteceu por volta das 3h30 e envolveu um ônibus, um carro e uma carreta que transportava um bloco de granito.

A prefeitura informou que 13 feridos foram encaminhados para hospitais e uma UPA em Teófilo Otoni. As três pessoas que estavam no carro sofreram ferimentos graves.

De acordo com relatos iniciais, o acidente pode ter sido causado pelo estouro do pneu do ônibus, que fez o motorista perder o controle e colidir com a carreta. Um carro que vinha logo atrás também se envolveu na colisão. O impacto causou um incêndio no ônibus. Contudo, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) aponta outra possível causa: o desprendimento de um grande bloco de granito da carreta, que teria atingido o ônibus, provocando o incêndio. As circunstâncias do acidente ainda estão sendo investigadas.

O ônibus, da empresa EMTRAM, partiu de São Paulo na manhã de sexta-feira (20) com destino a Vitória da Conquista (BA). A empresa lamentou o ocorrido em nota oficial, afirmando estar colaborando com as investigações e oferecendo suporte às vítimas e familiares, incluindo apoio psicológico.

Fabiano Santana, agente da PRF, classificou o acidente como uma tragédia sem precedentes na região. Ele relatou cenas impactantes, como pessoas tentando resgatar vítimas e crianças pedindo ajuda para salvar familiares. Segundo a PRF, a rodovia ficou interditada por cerca de seis horas, sendo liberada parcialmente no final da manhã em esquema de “pare e siga.”

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, expressou solidariedade às famílias das vítimas e destacou a importância de um acolhimento humanizado. O governo de São Paulo também ofereceu apoio, enviando equipes especializadas para auxiliar na identificação dos corpos.

Outro ponto que chamou atenção foi a ausência de radares no local do acidente. Segundo apuração, o radar que limitava a velocidade a 60 km/h havia sido removido devido à documentação vencida. Esse é o terceiro acidente fatal registrado em áreas onde radares foram retirados. O DNIT informou que novos dispositivos serão instalados apenas em 2025.

A tragédia evidencia a necessidade de melhorias na segurança rodoviária, especialmente em trechos de alta circulação, para evitar que acidentes desse porte voltem a acontecer.