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Alimentos causam rombo no orçamento doméstico

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A cesta básica de alimentos, artigos de higiene pessoal e limpeza doméstica medida em Belo Horizonte encareceu 11,55% no primeiro semestre, mais de quatro vezes e meia a inflação apurada no período. 

Ingredientes da refeição típica do brasileiro, como arroz, carne de boi, batata-inglesa e o pão de sal consumiram boa parte do orçamento das famílias destinado aos mantimentos em junho, levando as despesas no supermercado e na feira ao valor recorde de R$ 417,87. Foi necessário gastar R$ 43,28 a mais, em média, na comparação com o custo de dezembro do ano passado (R$ 347,59).

O rombo no bolso deve servir de alerta à dona-de-casa, na avaliação do economista Djalma Prado Filho, coordenador da pesquisa da cesta básica, calculada pela Secretaria Municipal de Abastecimento com base no levantamento semanal de preços coletados em 58 estabelecimentos da capital mineira. De janeiro a junho, o custo de vida subiu 2,49%, medido pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de acordo com a Fundação Ipead, vinculada à UFMG.

De todo o aumento do custo da cesta, a alimentação contribuiu com 10,66 pontos percentuais, ou seja, mais de 90%, absorvendo R$ 357,51 em junho. “A pesquisa prova o quanto é preciso pesquisar os preços. Com freqüência, me perguntam qual é a tendência dos alimentos nos próximos meses, mas não arrisco resposta”, afirma Prado Filho. Entre os itens que mais pesaram no primeiro semestre, o arroz branco sofreu alta de 40,8%. O pacote de 5kg saiu de R$ 8,10, em média, no fim do ano passado para R$ 11,40 em junho.

O quilo da carne de boi de segunda atingiu R$ 7,86, ante R$ 6,59 que o consumidor pagava em dezembro, alta de 19,2%. A batata-inglesa que era encontrada por R$ 1,52 , em média, passou a custar R$ 1,68, 10,51% mais. No grupo dos itens industrializados, o quilo do pão de sal ficou 20,3% mais caro, atingindo R$ 5,49.

Poucos alimentos dão sinal de baixa no atacado, conforme o acompanhamento dos preços na Ceasa Minas, feito por Ricardo Martins, chefe da Seção de Informações de Mercado do entreposto de Contagem, na Grande BH. “Ou a dona-de-casa consome um pouco menos ou substitui o que é possível, contribuindo para conter as altas de preços”, afirma. Parte importante dos hortigranjeiros não deve ceder tão cedo e, ainda assim, é pouco provável que os preços retornem os níveis de um ano atrás. A explicação está num movimento de recuperação de margens dos produtores, antes muito apertadas.

O comportamento da batata-inglesa é exemplo disso. O quilo do produto foi comercializado no atacado, em junho, a R$ 0,87, na média, representando aumento de 31,8% frente a idêntico mês de 2007. Outro motivo faz com que o consumidor não espere redução do custo do produto no varejo: a oferta costuma diminuir de junho a agosto. Depois de uma ligeira redução no mês passado, o preço médio de R$ 1,23 do quilo do tomate Santa Cruz permanece 124% superior ao de junho de 2007. Na contramão, baratearam em junho repolho, pepino, abóbora moranga, vagem, laranja, tangerina, mamão e banana prata.


Fonte: Uai

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