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Assassino de alunos em Realengo frequentou mesquita islâmica
Contra muitas opiniões que afirmavam que Wellington Menezes não era muçulmano e até que ele seria cristão, foi confirmado que o jovem que matou 12 adolescentes em uma escola em Realengo era muçulmano, frequentou uma mesquita e fazia parte de um possível grupo terrorista.
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Durante a série de depoimentos colhidos pela Polícia para a investigação, foi oficialmente assumido que o jovem assassino seria muçulmano radical, uma versão distorcida e extremista do Islamismo verdadeiro. Uma das irmãs do atirador revela que nos últimos anos ele frequentou uma mesquita no centro do Rio de Janeiro, contrariando a nota oficial da entidade afirmando que Wellington não frequentava templos da religião Islâmica.
Em cartas e manuscritos, revelados pelo programa Fantástico da TV Globo, foi possível também perceber a existência de um “grupo”, como ele chamava, liderado por um homem chamado de Abdul, que teria chegado de outro país para o Rio de Janeiro. Segundo relatos do próprio assassino para pessoas próximas, o grupo realizava reuniões fechadas na Barra da Tijuca e Recreio dos Bandeirantes, ambos na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
De acordo com os manuscritos, o grupo teria ido para o Rio de Janeiro e Wellington os procurou, após o jovem revelar o que acreditava e o que gostaria de fazer foi recebido como membro do “grupo”: “Tenho certeza que foi o meu pai quem os mandou aqui no Brasil ele reconheceu o Abdul e mandou que ele ‘viec’ com os outros precisamente ao Rio… porque quando eu os conheci e revelei ‘tudo’ a eles eu fui ‘muito’ bem recebido e houve uma grande comemoração”.
As cartas também revelam que Wellington teve um desentendimento com o grupo e em seguida decidiu seguir sozinho com suas vontades. De acordo com o diário o rompimento com o grupo teria acontecido porque uma jovem não identificada teria o convidado para visitar uma igreja também não identificado: “É que eu resolvi falar sobre a menina que me convidou a ir a igreja dela e antes de eu terminar ele já foi cortar logo no início ao invés de ouvi-la depois disso ele me ligou umas vezes e eu disse que estou saindo por respeito ao grupo”.
Apesar de ter saido do grupo, Wellington pareceu se ligar ainda mais ao Islã radical tendo dedicado horas todos os dia para isso: “Estou fora do grupo, mas faço todos os dias a minha oração do meio-dia que é a do reconhecimento a Deus e as outras cinco que são da dedicação a Deus e umas quatro horas do dia passo lendo o alcorão. Não o livro, porque ficou com o grupo, mas partes que eu copiei para mim. E o resto do tempo eu fico meditando no lido e algumas vezes meditando no onze de setembro”.
Mesmo com o conteúdo dos manuscritos o sheik Jihad Hassan reafirma que Wellington Menezes não era muçulmano: “A religião islâmica proíbe esses atos. Ela não dá amparo, não ensina, ela não dá esses ensinamentos, ela não acolhe esse tipo de pessoa, esse tipo de pensamentos, ela ensina o bem. Ensina a preservar a vida, e não a tirar a vida”.
A Polícia Militar informou que não abrirá linha de investigação para saber se o ato foi um atentado terrorista. A Polícia Federal anunciou investigação para apurar se Wellington teve ligação com algum grupo terrorista.
Fonte: Gospel+
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