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Cresce risco de epidemia de dengue em BH

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O mosquito Aedes aegypti deixa a capital mineira mais uma vez em alerta. Belo Horizonte está praticamente na faixa de risco para uma epidemia de dengue. 

O Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (Liraa), divulgado terça-feira, resultou em um indicador de 3,9%, o que significa que, a cada 100 imóveis, 3,9 têm larvas. Um índice de 4% ou mais é considerado risco de epidemia pelo Ministério da Saúde. “Vamos trabalhar duro, mas estamos em situação de alerta”, resumiu o secretário Municipal de Saúde, Marcelo Teixeira. A pesquisa é feita três vezes ao ano e é a principal referência estatística no controle da doença.

BH estava longe do índice perigoso desde janeiro de 2007, quando o percentual chegou a 4,7%. Em janeiro do ano passado, o Liraa apontou 1,9%, metade do mesmo mês deste ano. Para Marcelo Teixeira, o principal motivo da variação foi o clima. “Desta vez, o inverno não foi tão frio e as chuvas vieram mais cedo, em outubro, e fortes”, afirma. O acondicionamento incorreto de entulho em quintais e casas responde por metade das situações de perigo. Nas visitas domiciliares, os técnicos municipais identificaram que os criadouros chamados “inservíveis”, como copos e garrafas, representam 32,06% do total de focos. Já jarros e pratos de plantas foram responsáveis por 19,82%.

Diante dos dados preocupantes, a prefeitura intensifica as ações preventivas. Os 1,2 mil agentes de controle de endemias vão visitar 800 mil imóveis em BH duas vezes até abril. Normalmente, eles fariam a inspeção só uma vez. Marcelo Teixeira explica que, com exceção dos prédios, que só recebem agentes no térreo, todas as casas, comércios e indústrias da cidade receberão visitas. Ao todo, serão cinco passagens por propriedade até dezembro. Eles vão aplicar larvicidas e passar à população os repetidos cuidados, como não deixar, em hipótese nenhuma, água parada.

Norte

A prioridade das ações e a maior pressa é para o chamado vetor norte. Por regiões da cidade, Venda Nova apresentou o pior índice de infestação, 5,7%, uma explosão comparado aos 1,4% de outubro, última data pesquisada. O segundo pior colocado é a Região Leste, com 4,8%, seguido pela Pampulha, com 4,5%. O Barreiro registrou 2,5%. Mutirões da Superintendência de Limpeza Urbana (SLU) em ruas e limpeza de córregos estão programadas com início marcado para 26 de janeiro pelas regionais Venda Nova, Leste e Oeste.

Em Belo Horizonte, os mesmos R$ 15 milhões previstos para combater a doença serão aplicados, mas o secretário avisa que haverão atividades mais criativas e coordenadas entre os órgãos da prefeitura. Uma delas é a gincana da dengue, a ser feita em todas as escolas municipais sob a coordenação da secretaria de Educação. Os alunos participarão logo que voltarem as aulas. “Ante o quadro que temos, vamos intensificar o combate, mas contamos com a população para mudar de hábito, como destinação adequada dos materiais”, afirmou o secretário. Na terça-feira, a prefeitura publicou no Diário Oficial do Município a nova composição do Grupo Executivo para o Controle da Dengue, formado por representantes de vários setores da prefeitura.

No ano passado, foram 12.823 casos de dengue, bem acima dos 5.300 de 2007. Dos doentes de 2008, 13 tiveram dengue hemorrágica. Do início deste mês até terça-feira, 226 casos foram notificados sem nenhuma confirmação até então. Apenas Barreiro, Centro-Sul e Oeste não informaram nenhuma suspeita entre o final de 2008 e o início deste.

Serviço
Para solicitar vistorias ou tirar dúvidas: 3277-7722 e 156

Fonte: Uai

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