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Gospel

Cristãos e opositores do governo egípcio são crucificados

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Desde junho desse ano, o Egito vive uma situação
contraditória: após a vitória popular que derrubou o presidente ditador Hosni
Mubarak do poder, o representante da Irmandade Muçulmana, Muhammad Morsi, se
tornou líder do país.

Com um islâmico à frente do governo, as perseguições
contra os cristãos intensificaram.

Os efeitos dos acontecimentos que se seguiram às revoltas
populares da Primavera Árabe, quando o ditador Hosni Mubarak foi derrubado do
poder do Egito e Muhammad Morsi, representante da Irmandade Muçulmana foi
eleito ao cargo de presidente, são sentidos até hoje. Depoimentos de cristãos
locais revelam a tensão pela qual passou a Igreja no contexto das revoluções e
depois, já que Morsi é o primeiro líder do país declaradamente muçulmano e
civil (Saiba mais em Na linha de frente apesar da incerteza).

Já no início de seu mandato, Muhammad Morsi declarou sua
intenção de indicar um cristão para o cargo de vice-presidente, numa clara
tentativa de se mostrar aberto e tolerante às escolhas religiosas da população.
No último dia 12 de agosto, porém, Mahmud Mekki foi nomeado à posição de
segundo líder do Egito. Juiz reformista, Mekki ficou conhecido por ter levado a
público a fraude eleitoral que aconteceu durante o governo do ex-presidente
Mubarak, que comandou o país por 30 anos.

Foi no mesmo domingo (12), que a Portas Abertas noticiou o
crescimento de doutrinas anti-semitistas no Egito, o que tem intensificado a
perseguição aos cristãos que vivem na região (Leia em Conflito entre Egito e
Israel envolve perseguição a cristãos). Como demonstração desse aumento, desde
a última semana, diversos veículos de comunicação do Oriente Médio têm
denunciado levantes extremistas contra opositores do governo de Morsi.

Segundo fontes da mídia árabe, traduzidas pelo
correspondente Raymond Ibrahim, no The Algemeiner e agências de notícias, como
a World Net Daily (WND), por exemplo, membros da Irmandade Muçulmana
suspostamente “crucificaram os opositores do presidente Morsi nus, em árvores
em frente ao palácio presidencial, enquanto outros foram espancados”.
Jornalistas locais também foram atacados.

A maioria dos sites que divulgou as agressões informou que
os ataques fazem parte de uma campanha da Irmandade Muçulmana para intimidar e,
assim, censurar a mídia secular do Egito quanto às ações do grupo. No país, “a
brutalidade é reservada para os cristãos, mas as crucificações são por causa da
doutrina islâmica e são ensinadas pelo Alcorão”, conforme relatou Clare Lopez,
do Centro para Política de Segurança Americana, para a WND.

De acordo com a especialista, “a crucificação é um hadd
[punição], estipulada pela Sura 5:33 do Alcorão e, portanto, uma parte
obrigatória da Sharia (lei islâmica). Essa tem sido uma punição tradicional
dentro do Islã”, esclarece. Segundo notícia de Raymond Ibrahim, na Sura 5:33
lê-se que “a punição daqueles que fazem a guerra contra Alá (…) é apenas
isto: eles devem ser assassinados ou crucificados ou as mãos e os pés devem ser
cortados .”

Os cristãos, minoria em território egípcio, correm sérios
riscos de vida. Em depoimento à WND, Pamela Geller, analista de Questões do
Oriente Médio e Islamismo disse: “Os cristãos estão com sérios problemas,
porque o Alcorão, na Sura 9:29, ordena que os muçulmanos façam uma guerra
contra eles e os subjuguem”.

A Portas Abertas conta com um grupo de correspondentes em
todo o mundo e está, desde então, procurando confirmar os fatos reportados pela
imprensa árabe. Detalhes sobre as crucificações não foram divulgados, nem o
número total de vítimas, embora estima-se que dezenas de pessoas já morreram.
Oremos para que Deus proteja e fortaleça a Igreja Perseguida no Egito. Essa é
uma oportunidade para testemunhar do amor de Deus àqueles que, nesse momento,
estão tão atemorizados pela violência quanto os cristãos.

Aprenda mais sobre o Egito e abençoe o Discipulado de jovens
no mundo muçulmano com sua contribuição, para que o evangelho seja disseminado
entre os países do Oriente Médio.

Portas Abertas
Redação: Ana Luíza Vastag

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