Mundo
Israel aguarda os turistas
Três vezes sagrado
No país em que os símbolos religiosos se misturam aos de guerras, há muito para ser visto. São os camelos na beira da estrada a caminho do Mar Morto, os sofisticados museus e restaurantes de Telavive e Jerusalém, as praias deslumbrantes de água limpa e morna durante o verão. É lá também que ficam vários sítios históricos, que um dia foram habitados por romanos, gregos e bizantinos. Os muros milenares de Jerusalém protegem lugares triplamente sagrados, tanto para os muçulmanos quanto para católicos e judeus.
O país da terra santa é inesquecível. Há 61 anos, a assembléia-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou o plano de partilha que dividiu a Palestina em um estado árabe e outro judaico. Um ano mais tarde, em 1948, foi declarada a independência de Israel. Pela frente, o jovem país tem muitos desafios, como o próprio processo de paz. Mas Israel, definitivamente, não se resume a isso. É um lugar que reserva atrações fascinantes para os que têm curiosidade, fervor religioso espírito de aventura.
Jerusalém – patrimônio mundial da humanidade pela Unesco desde 1981, é triplamente sagrado, para católicos, muçulmanos e judeus. E a cidade antiga murada é dividida em quatro bairros, cada um com seus próprios tesouros. No bairro muçulmano, a Mesquita do Domo Dourado, visível de longe e mais conhecida como a Mesquita do Domo da Rocha, é um dos locais mais procurados.
O Muro das Lamentações, para os judeus, o Santo Sepulcro, onde Cristo teria sido crucificado no bairro cristão, e outras edificações no bairro armênio chamam a atenção dos visitantes. As atrações são tantas que os dias nunca parecem suficientes para conhecer tudo o que há em Jerusalém.
Ao cruzar uma das sete portas do muro milenar que cerca tantos lugares sagrados, o turista encontra outra cidade. É a Jerusalém moderna, dos restaurantes sofisticados, dos museus e do Knesset, Parlamento israelense. Seja qual for o itinerário do viajante, Jerusalém encanta e se torna um lugar inesquecível.
Cosméticos, diversão e história
Existem diversos lugares inesquecíveis em Israel, mas poucos se equiparam ao Mar Morto. A viagem, por si só, já vale o passeio. Na estrada que começa em Jerusalém, as paisagens desérticas logo dão lugar à exuberância do Mar Morto. Do outro lado, é possível avistar a Jordânia, refletida nas águas. Mas, contrariamente aos demais mares, o que se vê na superfície não são barcos nem qualquer tipo de vida marinha. Acumulam-se, em certos lugares, espécies de espumas brancas. E não poderia ser diferente. A região, situada a 416 metros abaixo do nível do mar, tem uma das maiores concentrações de sal do mundo.
As propriedades únicas são fontes de linhas de cosméticos e fizeram com que hotéis de grandes redes se instalassem na região. Perto desses complexos, o turista pisa na areia e encontra todas as facilidades imagináveis: chuveiros, cadeiras confortáveis, salva-vidas, corrimão que entra mar adentro e até tapete no fundo do mar para não machucar os pés. Isso, é claro, para aqueles que de fato preferem ir à praia. Alguns hotéis vão além dos mimos externos e oferecem aos hóspedes piscinas cobertas, com água do Mar Morto.
E quem não abre mão do ar livre logo entende o porquê do tapete: o solo não é de areia fofa. A água clara, morna e meio oleosa faz jus à fama: é realmente fácil boiar no Mar Morto. Algumas pessoas ficam deitadas de pernas fechadas, olhando para o céu. Mas é possível boiar praticamente sentado também. Alguns cuidados, no entanto, devem ser tomados, entre eles não molhar os olhos.
Além disso, existem na região diversos sítios históricos, como o Massada e Qumran, com infra-estrutura que vão de minicinemas a teleféricos para os turistas. Na volta, tampouco faltam camelos com selas coloridas à beira da estrada, prontinhos para uma volta, a troco, é claro, de alguns shekels.
Não se esqueça dessas dicas
Para ir a Israel, brasileiros não precisam de visto. É necessário apenas o passaporte válido pelo menos por seis meses.
A moeda local é o novo shekel (NIS). R$1 equivale a cerca de 2,2 shekels.
A visita a locais considerados sagrados por algumas religiões exige o uso de roupas mais comportadas e ombros cobertos.
Se o turista visitar o país durante o verão, vale a pena conferir as praias, de águas mornas e claras.
Por motivos de segurança, revistar bolsas das mulheres, passar por detectores de metais e abrir o porta-malas do carro na entrada de estacionamentos de shoppings ou de outros lugares públicos são comuns em Israel.
Fonte: Jornal Estado de Minas
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