Conecte-se conosco

Gospel

Ladrões matam brasileiro evangélico a tiros nos EUA

Publicado

em

O mineiro Júlio César de Oliveira, de 20 anos, trabalhava na construção civil. No último 21 de novembro, sexta-feira, a morte violenta e prematura de Júlio César de Oliveira, 20 anos, solteiro, natural de Alpercata, interior de Minas Gerais, abalou a comunidade brasileira na Costa Leste norte-americana.

Segundo as autoridades, o homicídio ocorreu por volta das 6 horas da tarde, quando o brasileiro retornava de mais uma jornada de trabalho no estado da Louisiana, no Golfo do México, região arrasada pelo Furacão Katrina.

Segundo Alice Lima, amiga da família, Júlio Cesar vivia há cerca de 3 anos nos Estados Unidos, originalmente em Massachusetts, onde vive uma de suas irmãs. Depois de viver 2 meses na região da Nova Inglaterra, ele foi convidado por dois amigos, também naturais de Alpercata (MG), para mudar-se para a Louisiana em virtude da abundância de trabalho na Construção Civil. Ele planejava retornar ao Brasil há dois meses atrás, juntamente com uma irmã, entretanto, mudou de idéia e resolveu ficar nos Estados Unidos até o ano que vem.

Familiares de Júlio César foram informados pela Polícia que, provavelmente, ele tenha sido mais uma vítima de uma quadrilha composta por indivíduos afro-americanos que agem na região e que nos últimos 2 meses fizeram mais de 150 vítimas fatais. Geralmente, o alvo preferido das gangues são trabalhadores hispânicos e brasileiros, pois muitos deles se encontram em situação migratória irregular nos EUA e, por isso, não comunicam as autoridades nos casos de ataque.

Conforme Alice, por volta das 5 horas da tarde de 21 de novembro, sexta-feira, Júlio César falou com seu patrão, a última pessoa a ter contato com ele, e rumou para casa. Após a conversa, seu patrão decidiu pagar-lhe o salário no dia seguinte, sábado, portanto, o brasileiro portava pouco ou quase nenhum dinheiro quando foi abordado pelos assassinos. Aproximadamente às 6 horas da tarde ele chegou no condomínio onde morava e estacionou seu veículo próximo a um beco escuro, onde ficava a garagem. Quando chegava à portaria do prédio, supõe-se que ele tenha sido encurralado pelos ladrões, que ao verificarem que ele não tinha dinheiro na carteira dispararam um tiro que atingiu fatalmente Júlio César pouco acima da sobrancelha esquerda. Os assassinos deixaram a carteira jogada próximo ao corpo. A vítima teve morte instantânea. A arma utililizada no crime foi uma pistola de calibre 22 mm.

Aproximadamente 30 minutos depois, o morador de uma casa em frente ao local do crime notou a presença de um corpo caído do outro lado da rua e comunicou o fato à polícia. Até aquele momento, seus colegas de apartamento (roommates) não sabiam que Júlio César jazia morto em frente ao prédio.
O brasileiro era evangélico e freqüentava uma igreja hispânica local. As autoridades encontraram uma Bíblia aberta no assento do carona, indicando que ele planejava ir ao culto, com início às 7:00 pm, assim que chegasse em casa.

Até o momento, as únicas pistas deixadas pelos assassinos foram as impressões digitais de um dos membros da quadrilha no corpo da vítima, conforme Alice.

No início dessa semana, uma das irmãs de Júlio César viajou a Louisiana para fazer o reconhecimento do corpo. Ela ficou impressionada com a devastação e precariedade na região e disse que, caso soubesse que seu irmão vivia em tais condições, ela não teria permitido que ele deixasse Massachusetts, segundo Alice.

Os pais do jovem já foram comunicados sobre o trágico incidente e esperam o corpo para sepultamento no Brasil. Os restos mortais de Júlio César de Oliveira sairão de avião de Louisiana para Atlanta (GA), Rio de Janeiro, Belo Horizonte e então Alpercata (MG).

Profundamente abalados com o crime, alguns membros da comunidade brasileira da Costa Leste norte-americana lançaram uma campanha de angariação de fundos em prol do traslado dos restos mortais de Júlio César ao Brasil para sepultamento em Alpercata (MG). Os interessados podem depositar qualquer quantia na conta-corrente nº 004618493775, em nome de Rogério de Oliveira, Bank of America.

Fonte: O Verbo

Destaques do Mês

Você não pode copiar o conteúdo desta página