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Magno Malta denuncia ameaça de sequestro e garante guerra contra pedofilia

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O senador Magno Malta (PR-ES) denunciou nesta terça-feira (5) ameaças de sequestro feitas contra ele supostamente pelo traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, atualmente preso na superintendência da Polícia Federal em Campo Grande (MS). Em entrevista coletiva, o senador apresentou à imprensa um informante – encapuzado – que detalhou as denúncias.

Magno Malta explicou que se trata do mesmo informante que auxiliou os trabalhos da CPI do Narcotráfico, que ele presidiu na Câmara dos Deputados em 1999 e 2000. De acordo com o senador, todas as informações por ele repassadas à época foram confirmadas.

O informante relatou que a ameaça de sequestro partiu da irmã de Fernandinho Beira-Mar, Alessandra. Pretendendo enviar um recado a um deputado que tentava localizar uma moça paraibana que viveria com um dos traficantes da quadrilha de Beira-Mar, ela teria revelado a existência de um plano para o sequestro de deputados, senadores, juízes ou familiares dessas autoridades para facilitar a fuga de Beira-Mar da prisão. Um dos alvos seria o senador Magno Malta ou uma de suas filhas.

Ela disse que ele está aparecendo muito na televisão, já apareceu muito na época da CPI do Narcotráfico. "Ele sabe que ele deve pra gente. Então, a gente quer a cabeça ou dele ou da filha dele" – relatou o informante, referindo-se ao que teria dito a irmã de Beira-Mar. O traficante Fernandinho Beira-Mar e outros presidiários como o colombiano Juan Carlos Abadía foram transferidos das instituições em que estavam presos na segunda-feira (4) pela Polícia Federal depois que o plano foi descoberto.

Presente durante a entrevista, o senador Romeu Tuma (PTB-SP), vice-presidente da CPI da Pedofilia, explicou que os sequestros das autoridades serviriam para desviar a atenção da polícia enquanto a fuga ocorria, ou para o uso dos reféns como moeda de troca.

Magno Malta disse ainda que as ameaças contra ele e sua família já vêm sendo investigadas há quase um mês, pois outro informante, um presidiário, teria feito chegar a ele a informação de que seria sequestrada a filha de uma "figura do Senado". Inicialmente supôs-se tratar-se da filha de seu chefe de gabinete, mas depois verificou-se que a ameaça era diretamente contra o senador.

Para Magno Malta, tais ameaças são uma tentativa de impedir as investigações da CPI. Ele disse que há indícios de ligações entre as redes de narcotráfico e as redes de pedofilia. Levar a denúncia a público, com a presença do próprio denunciante, visa, segundo ele, "melar" o plano dos criminosos.

Isso não vai intimidar a CPI. Nós vamos continuar, não vamos nos calar. Pelo contrário, nós vamos fundo. Temo pelas minhas filhas, mas sei que quem guarda minha família é Deus. A causa é justa – sustentou o parlamentar. O presidente da comissão informou que ele e sua família já estão sob proteção da Polícia Federal.

Fonte: O Verbo

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