Gospel
Músico evangélico canta bossa nova gospel
Paulo Pinheiro foi criado na Assembléia de Deus, em 1998 se apaixonou pela Bossa Nova, criando seu repertório com muito estudo de harmonização, boa influência musical e dedicação na literatura
Seria completamente diferente de tudo que já havia sido produzido. Mais intimista, mais refinada, mais alegre, otimista, dizem os especialistas. Assim a Bossa, que quer dizer “jeito”, “maneira”, “modo”, era a cara dos cariocas bronzeados daquele tempo que queriam curtir um novo som. Na verdade, a Bossa Nova não é reconhecida como um gênero musical, mas, sim, como tratamento que se dá a uma música, em termos de “batida” e de ritmo. O primeiro grande marco inicial da Bossa Nova aconteceu em 1º de março de 1958, quando João Gilberto cantou, com a batida de violão diferente, “Chega de Saudade”, posteriormente gravada por Eliseth Cardoso, no disco Canção do Amor Demais.
Mesmo completando meio século, a Bossa Nova ainda faz sucesso e está no coração de muita gente. Existem admiradores de diferentes décadas que ainda curtem o som despojado de um espírito de paz e amor. Um exemplo de que não há idade, classe social e até mesmo religião para gostar de Bossa Nova é do músico Paulo Pinheiro. Nascido e criado na tradicional Igreja Assembléia de Deus, ele escolheu o estilo para rimar suas palavras e falar do amor de Cristo Jesus. “Eu me interessei por música a partir dos 15 anos de idade e aos 16 e 17 já tocava guitarra na igreja, mas comecei meu ministério oficialmente em 1998, quando me apaixonei pela Bossa Nova. Foi aí que comecei a criar meu repertório com muito estudo de harmonização, buscando sempre boa influência musical e dedicação na literatura”, explicou Pinheiro.
Ele reconhece que os evangélicos ainda se surpreendem quando ficam sabendo que tipo de ritmo produz, porém garante que muitos acabam se apaixonando quando escutam seu CD. Pinheiro aposta na Bossa Nova como louvor porque crê que no meio evangélico existem pessoas que têm uma cultura diferenciada e esperam encontrar algo que as surpreendam como esse estilo, rico não só musical, mas poeticamente.
Enquanto a Bossa Nova celebra seu aniversário, o músico comemora um ano de seu primeiro trabalho, intitulado Bossa Gospel Vol. 1, lançado de forma independente. E se alguém pensa que ele se limita ao som de seu violão, está enganado. Junto com a música, Pinheiro desenvolve o projeto Ecologia & Bossa Gospel, realizado por meio do Movimento Cultural e Missionário (MCM), onde trabalha desde 2002. Seu objetivo é desenvolver a consciência cultural e ambiental nas igrejas em que ministra palestras sobre o meio ambiente, falando sobre água e lixo.
Além de transmitir o Evangelho com boa música e poder louvar a Deus com a Bossa Nova, ele acredita que a Igreja pode ter ainda mais influência não só na formação espiritual das pessoas, como também na formação social e de cidadania. Por isso, teve a iniciativa do projeto de conscientização que, aliado ao talento musical, tende a ficar cada vez mais harmonioso.
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