Gospel
Poluição suspende batismo no rio onde Jesus foi batizado
Ambientalistas afirmaram que o rio Jordão, onde os cristãos acreditam que Jesus foi batizado, está tão poluído que pode morrer no final do próximo ano a menos que que seja revitalizado
Ambientalistas afirmaram que o rio Jordão, onde os cristãos acreditam que Jesus foi batizado, está tão poluído que pode morrer no final do próximo ano a menos que que seja revitalizado. A denuncia foi feita nesta quarta-feira (21) pela associação Amigos da Terra/Oriente Médio, por meio de um comunicado.
– Pedimos às autoridades regionais que cessem os batismos no baixo Jordão até que a qualidade da água esteja ali conforme as normas exigidas para as atividades turísticas.
A associação de defesa ambiental menciona a possibilidade de um risco sanitário. Até agora, o ministério israelense de Meio Ambiente não comentou as denúncias.
Segundo a tradição cristã, Jesus foi batizado no local por São João Batista, há dois mil anos. O rio fica na região controlada pelo Exército israelense, que proíbe o acesso ao rio perto da cidade palestina de Jericó, na Cisjordânia.
Nos últimos anos, após pressões do ministério israelense do Turismo, o Exército tem autorizado a visita de peregrinos, por meio de solicitações especiais.
Segundo a organização Amigos da Terra, Oriente Médio (FoEME, na sigla em inglês), o famoso rio foi reduzido a um “fio” de água ao sul do mar da Galileia, devido à superexploração, poluição e ausência da administração pública. As informações são do Discovery News.
Segundo os ambientalistas, mais de 98% do rio foi desviado por Israel, Síria e Jordânia ao longo dos anos. “O fluxo remanescente consiste principalmente de esgoto, peixes, água, resíduos da agricultura e água salina”, diz o grupo.
O rio tem 217 km do mar da Galileia ao mar Morto e passa por Israel, Jordânia, Síria e Cisjordânia. “Isto é o que é hoje a fonte do baixo rio Jordão”, diz o diretor da FoEME para Israel, Gidon Bromberg, ao apontar para um cano que joga esgoto na água. “Ninguém pode dizer que isto é água sagrada. Ninguém pode dizer que é aceitável este estado para um rio com essa fama”, diz.
A cerca de 100 quilômetros do local onde a organização fez o anúncio fica o local onde acredita-se que Jesus foi batizado. Todo o ano, milhares de turistas costumavam se banhar ali, apesar da alta poluição do local.
A reportagem afirma que as comunidades israelenses, jordanianas e palestinas que vivem ao longo do rio – cerca de 340 mil pessoas – jogam esgoto não tratado em suas águas. Ironicamente, parar de jogar o esgoto no rio – como planejado por Israel – pode ser ainda pior, a não ser que sejam tomadas medidas para reduzir sua salinidade. Segundo a organização, a solução está em jogar grandes quantidades de água limpa no rio, cerca de 400 milhões de m³.
O rio Jordão já foi responsável por liberar 1,3 bilhão de m³ de água por ano no mar, mas agora descarta algo estimado entre 20 milhões e 30 milhões de m³ por ano. “Um novo estudo que nos patrocinamos revela que nós perdemos pelo menos 50% da biodiversidade dentro e ao redor do rio por causa do desvio quase total de água fresca”, diz Munqeth Mehyar, diretor do FoEME para a Jordânia.
Segundo a organização, uma melhor administração do saneamento básico pode salvar 517 milhões de m³ de água por ano para Israel e 305 milhões de m³ para a Jordânia, que poderiam ser redirecionados para salvar o rio. Os benefícios poderiam ser sentidos ainda no mar Morto, que está secando.
Com informações do Uol / R7
Fonte: O Galileo
– Pedimos às autoridades regionais que cessem os batismos no baixo Jordão até que a qualidade da água esteja ali conforme as normas exigidas para as atividades turísticas.
A associação de defesa ambiental menciona a possibilidade de um risco sanitário. Até agora, o ministério israelense de Meio Ambiente não comentou as denúncias.
Segundo a tradição cristã, Jesus foi batizado no local por São João Batista, há dois mil anos. O rio fica na região controlada pelo Exército israelense, que proíbe o acesso ao rio perto da cidade palestina de Jericó, na Cisjordânia.
Nos últimos anos, após pressões do ministério israelense do Turismo, o Exército tem autorizado a visita de peregrinos, por meio de solicitações especiais.
Segundo a organização Amigos da Terra, Oriente Médio (FoEME, na sigla em inglês), o famoso rio foi reduzido a um “fio” de água ao sul do mar da Galileia, devido à superexploração, poluição e ausência da administração pública. As informações são do Discovery News.
Segundo os ambientalistas, mais de 98% do rio foi desviado por Israel, Síria e Jordânia ao longo dos anos. “O fluxo remanescente consiste principalmente de esgoto, peixes, água, resíduos da agricultura e água salina”, diz o grupo.
O rio tem 217 km do mar da Galileia ao mar Morto e passa por Israel, Jordânia, Síria e Cisjordânia. “Isto é o que é hoje a fonte do baixo rio Jordão”, diz o diretor da FoEME para Israel, Gidon Bromberg, ao apontar para um cano que joga esgoto na água. “Ninguém pode dizer que isto é água sagrada. Ninguém pode dizer que é aceitável este estado para um rio com essa fama”, diz.
A cerca de 100 quilômetros do local onde a organização fez o anúncio fica o local onde acredita-se que Jesus foi batizado. Todo o ano, milhares de turistas costumavam se banhar ali, apesar da alta poluição do local.
A reportagem afirma que as comunidades israelenses, jordanianas e palestinas que vivem ao longo do rio – cerca de 340 mil pessoas – jogam esgoto não tratado em suas águas. Ironicamente, parar de jogar o esgoto no rio – como planejado por Israel – pode ser ainda pior, a não ser que sejam tomadas medidas para reduzir sua salinidade. Segundo a organização, a solução está em jogar grandes quantidades de água limpa no rio, cerca de 400 milhões de m³.
O rio Jordão já foi responsável por liberar 1,3 bilhão de m³ de água por ano no mar, mas agora descarta algo estimado entre 20 milhões e 30 milhões de m³ por ano. “Um novo estudo que nos patrocinamos revela que nós perdemos pelo menos 50% da biodiversidade dentro e ao redor do rio por causa do desvio quase total de água fresca”, diz Munqeth Mehyar, diretor do FoEME para a Jordânia.
Segundo a organização, uma melhor administração do saneamento básico pode salvar 517 milhões de m³ de água por ano para Israel e 305 milhões de m³ para a Jordânia, que poderiam ser redirecionados para salvar o rio. Os benefícios poderiam ser sentidos ainda no mar Morto, que está secando.
Com informações do Uol / R7
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