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Minas Gerais

Troca de acusações entre Gabriel Azevedo e Marcelo Aro gera tensão

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A disputa entre o presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte, vereador Gabriel Azevedo, e o secretário de Estado da Casa Civil, Marcelo Aro, continua gerando atrito e promete manter a tensão nas próximas sessões do legislativo municipal.

Neste domingo (03/09), Gabriel Azevedo dirigiu um ofício ao vice-governador Mateus Simões e à ouvidora-geral do Estado, Simone Deoud, no qual acusou Marcelo Aro de pressionar os vereadores para votar pela sua cassação. O presidente da Câmara alegou: “Diversos vereadores relataram à esta presidência ações para pressioná-los a votar pela abertura do processo de cassação por parte de Marcelo Aro e/ou pessoas ligadas a ele e ao seu grupo.”

A sessão que discutiria a cassação de Azevedo teve início na sexta-feira (1º), mas foi encerrada sem a apreciação do pedido, apresentado pela deputada Nely Aquino. A reunião estendeu-se por mais de 5 horas, entretanto, a obstrução promovida por aliados do presidente da Câmara interrompeu as votações, e novas sessões foram convocadas para esta semana.

No domingo, Gabriel Azevedo também divulgou quatro boletins de ocorrência, que registravam ameaças supostamente feitas por Marcelo Aro e seus aliados durante a reunião da semana anterior.

Em resposta às acusações, Marcelo Aro contestou as alegações de Gabriel Azevedo e afirmou que o presidente da Câmara “perdeu a confiança de seus pares ao gravar colegas e ao apoiar um assessor que falsificou um documento ele comete abuso de poder.” Aro acrescentou: “Gabriel é vereador em Belo Horizonte e eu sou Secretário de Estado, tenho mais o que fazer e acho que a cidade tem muito problema que ele deveria se preocupar em resolver ao invés de me atacar.”

Aro argumentou que Azevedo busca desviar a atenção dos reais problemas e almeja o cargo de prefeito sem ter sido eleito para tal. O secretário afirmou: “Minha opinião é que esses são motivos mais que suficientes para que ele seja cassado e torço para que os vereadores tomem a decisão mais correta. Por último, importante registrar que fazer boletim de ocorrência falso é crime, mas lugar de debater com bandido é na justiça, não é pela imprensa.”

A relação tumultuada entre a presidência da Câmara de BH e a Prefeitura também continua, com o prefeito Fuad Noman pedindo ao Ministério Público de Minas Gerais a investigação contra Gabriel Azevedo e o procurador Glayson Massaria por abuso de autoridade. O prefeito alegou que Azevedo cometeu calúnia, injúria e difamação contra ele. O procurador-geral de Justiça, Jarbas Soares, deu um prazo de 30 dias para que ambos prestem informações sobre as acusações antes de decidir se abre ou não a investigação.

Em resposta, Gabriel Azevedo destacou a importância da oposição e alegou que o prefeito não está disposto a conviver com a democracia. Ele afirmou: “Belo Horizonte precisa de líderes que retirem a cidade da lerdeza. Não existe número máximo de CPIs definido em lei e não é o Prefeito que escolhe como quer ser fiscalizado. E toda CPI depende da assinatura de pelo menos 14 vereadores.” Azevedo enfatizou que não há ilegalidade em fazer oposição e reiterou seu compromisso com a liderança.

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