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Gospel

“Dissimulada e perigosa”, diz Yvelise de Oliveira sobre Flordelis em depoimento à polícia

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Foto: Reprodução/Instagram

A presidente do Grupo MK, Yvelise de Oliveira de 75 anos, afirmou em depoimento à polícia que considera a deputada federal e cantora gospel Flordelis “dissimulada e perigosa”. Ela foi ouvida pela Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNSG) no dia 11 de fevereiro, no inquérito sobre a morte do pastor Anderson do Carmo, marido de Flordelis.

A esposa do senador  Arolde de Oliveira (PSD), disse ainda que Flordelis seria capaz de tramar “algo desse tipo” sem citar que poderia ser o assassinato do pastor Anderson. Flordelis possui contrato com a MK Music no Rio de Janeiro, onde Yvelise e Arolde são presidentes, além disso, o senador e a deputada federal pertencem ao mesmo partido e foram grandes aliados políticos nas últimas eleições. O jornal “O Globo” e “Extra” tiveram acesso ao depoimento de Yvelise.

No depoimento, a empresária afirmou que a deputada é “enigmática e nebulosa” e percebia, em alguns momentos, que Flordelis tinha uma personalidade diferente da que apresentava publicamente.

Yvelise de Oliveira foi chamada a prestar depoimento depois que a delegacia responsável pela investigação da morte do pastor Anderson, recebeu dados das empresas de telefonia sobre o uso do celular de Anderson do Carmo, que nunca foi encontrado pela polícia civil. O paradeiro do aparelho é um dos mistérios da investigação do assassinato do pastor.

Segundo dados de um relatório de investigação obtido pelos jornais, uma linha telefônica no nome da mulher de Arolde foi habilitada no celular do pastor Anderson às 10h56 do dia 16 de junho, pouco mais de sete horas após o crime. Os dados apontam ainda que o aparelho utilizou rede de Wi-Fi da casa de Arolde e Yvelise no mesmo horário. Em depoimento, a empresária disse possuir apenas uma linha telefônica pessoal, a mesma que teria sido habilitada no celular de Anderson, segundo informações da polícia. Ela negou que outro chip tenha sido colocado em seu aparelho e afirmou que nenhum dos familiares ou pessoa “a mando de Flordelis” esteve em sua casa no dia do crime ou no dia seguinte.

Yvelise de Oliveira narrou à polícia que recebeu a notícia da morte do pastor Anderson na manhã do dia 16, por intermédio do marido. Segundo ela, Arolde foi ao encontro de Flordelis logo que soube do fato. O senador foi filmado e fotografado pela imprensa chegando à casa da deputada no início da tarde do dia 16.

A esposa do senador relatou ainda que tinha o número de telefone de Anderson salvo em sua agenda como se fosse de Flordelis. Ela afirma que ligou para o telefone do pastor por WhastApp, com o seu celular conectado ao Wi-Fi de sua casa, para prestar condolências, mas a deputada não atendeu. Às 10h56, segundo Yvelise, Flordelis lhe retornou e elas conversaram.

Em nota enviada à imprensa em janeiro deste ano, Arolde de Oliveira disse que houve erro na leitura dos dados relativos ao telefone celular de Anderson por causa da ligação feita por Flordelis para sua esposa.

“É importante saber que quando se faz uma conexão pelo WhatsApp os dados do telefone chamado e o caminho percorrido (número, protocolo da internet, Wi-Fi…) ficam registrados no chip do telefone que está enviando a mensagem. Naturalmente, o rastreamento feito pela empresa operadora de telefonia acusou os dados de registro da chamada gravados no chip do telefone da Yvelise. Uma interpretação equivocada deve ter levado a autoridade ao entendimento de que o chip do telefone do pastor morto estava no telefone da minha esposa Yvelise e, portanto, na nossa casa”, disse Arolde.

O relatório de investigação ao qual o GLOBO teve acesso aponta ainda que às 12h36 do dia 16 de junho também foi habilitada no telefone de Anderson uma linha no nome de um pastor evangélico de Brasília. Também houve informação de que o aparelho foi conectado à rede de Wi-Fi de um delegado federal em Brasília. No entanto, no próprio inquérito que investiga a morte do pastor Anderson, há depoimentos apontando que o telefone da vítima ainda estava em poder da família de Flordelis e de seu marido no dia do crime.

Após o depoimento de Yvelise, a DH solicitou novas informações sobre os dados referentes ao uso do telefone celular de Anderson à empresa de telefonia e continua investigando o paradeiro do telefone de Anderson. Ela afirmou ainda em seu depoimento que possuía apenas relação profissional com Anderson e não frequentava a casa do pastor e de Flordelis, assim como eles não iam à sua residência

A reportagem do Gospel Minas entrou em contato com a deputada federal Flordelis, mas até o fechamento desta matéria a cantora não havia retornado. Assim que tivermos retorno, adicionaremos a nota da mesma.

*O Globo/Extra


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