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Nova tempestade solar pode atingir o Brasil em 2024; entenda possíveis impactos
Cientistas alertam para a possibilidade de uma nova tempestade solar atingir o Brasil em 2024, semelhante ao histórico Evento de Carrington. Especialistas preveem que o ciclo solar atingirá seu ápice entre janeiro e outubro de 2024, podendo impactar diversos setores, incluindo internet, comunicações via satélite, sistemas de GPS e redes de energia.
Segundo a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA) dos EUA, o ciclo solar 25 alcançará seu máximo no referido período, caracterizado por uma maior atividade solar e liberação de energia e partículas carregadas pelo Sol.
O fenômeno das tempestades solares resulta da emissão massiva de partículas e campo eletromagnético solar, capazes de perturbar o campo magnético terrestre, desencadeando efeitos na atmosfera.
A última tempestade solar significativa ocorreu em setembro de 1859, conhecida como Evento de Carrington. Gustavo Guerrero, professor do Departamento de Física da UFMG, destaca seus impactos, afetando redes de comunicação e transmissões elétricas em altas altitudes, como nos Estados Unidos e Canadá.
Guerrero ressalta que, apesar das possíveis perturbações, não há razão para alarmismo, considerando que tais eventos são cíclicos e não costumam causar grandes distúrbios, como aumento de temperatura.
O professor explica que auroras boreais podem ser visíveis em latitudes incomuns durante tempestades solares intensas. No entanto, a observação desses fenômenos no Brasil em 2024 não pode ser confirmada.
Quanto ao ciclo solar, a previsão inicial para o máximo era 2025, mas observações recentes indicam um avanço rápido, ajustando a estimativa para julho de 2024. A complexidade na previsão se deve à falta de observações diretas do campo magnético solar.
Gustavo Guerrero destaca a possibilidade de impacto em tecnologias autônomas, como carros elétricos da Tesla, drones, máquinas de mineração, navios e satélites. Ele menciona um evento solar de baixa intensidade em janeiro de 2022, que afetou satélites da Starlink, a empresa de Elon Musk.
Apesar dos desafios na previsão, Guerrero enfatiza que os danos geralmente não são catastróficos. Ele tranquiliza quanto à antecedência da detecção da tempestade solar, permitindo a preparação para possíveis interrupções em serviços como Waze e Maps.
O professor alerta que as tempestades solares não influenciam a temperatura da Terra, destacando que a atividade magnética solar possui efeitos limitados nos fenômenos climáticos, como El Niño.
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