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Igreja Católica classifica mudança de gênero e aborto de ‘ameaças graves à dignidade humana’

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Em documento aprovado pelo Papa Francisco, o Vaticano condenou cirurgias de mudança de sexo, aborto, eutanásia e barriga de aluguel como “ameaças graves à dignidade humana” – Foto: Vatican News/Facebook

No mais recente comunicado do Vaticano, divulgado nesta segunda-feira, o posicionamento da ala conservadora da Igreja Católica liderada por bispos africanos, recebeu a aprovação do Papa Francisco, condenando veementemente práticas como cirurgias de mudança de sexo, aborto, eutanásia e barriga de aluguel como “ameaças graves à dignidade humana”.

Intitulado “Dignitas Infinita”, o documento reflete uma clara discordância em relação às políticas mais inclusivas adotadas pelo pontífice recentemente. Esta nova postura surge em resposta a uma outra declaração do Vaticano, lançada há cerca de quatro meses, na qual o papa permitiu que padres abençoassem uniões de casais do mesmo sexo dentro das igrejas.

O cardeal Victor Manuel Fernández, chefe do Gabinete de Doutrinamento do Vaticano, divulgou o documento, explicando que o papa Francisco solicitou que outros temas, como pobreza, migração e violência contra as mulheres, também fossem considerados como ameaças à dignidade humana.

Entre os pontos destacados no documento, estão:

  • Barriga de aluguel: A prática é firmemente condenada, sendo considerada uma violação da dignidade tanto da mulher gestante quanto da criança. O pontífice já havia classificado essa técnica como “desprezível”.
  • Mudança de gênero: Os bispos afirmam que qualquer intervenção para mudança de sexo ameaça a singularidade da dignidade humana, recebida desde a concepção.
  • Aborto, eutanásia e pena de morte: O documento reitera a condenação permanente do Vaticano a essas práticas, citando os papas Francisco, Bento XVI e João Paulo II, além de documentos anteriores da Santa Sé.
  • Abuso sexual: O comunicado classifica o abuso sexual como uma ameaça à dignidade humana e reconhece sua prevalência tanto na sociedade em geral quanto dentro da própria Igreja Católica, juntamente com a violência contra mulheres, o cyberbullying e outras formas de abuso online.

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