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Youtuber recebe ordem judicial para excluir vídeo apoiando casamento tradicional

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Depois de receber a denúncia de uma ativista, o Tribunal Nacional exigiu que a youtuber retirasse o vídeo do ar – Foto: Reprodução/YouTube

Uma youtuber colombiana pediu ao tribunal constitucional do país que anule uma decisão do tribunal nacional que ordenou que ela retirasse um vídeo online no qual ela expressava sua crença no casamento tradicional. Caso o Tribunal Constitucional aceite o caso para uma análise mais profunda, a decisão judicial acontecerá no próximo mês.

Kika Nieto, que possui milhões de seguidores nas redes sociais, 4,3 milhões somente no Instagram, publicou um vídeo onde compartilhou sua opinião sobre o casamento ser apenas entre um homem e uma mulher, acrescentando que ela tolera outras perspectivas. Mesmo assim, o tribunal nacional exigiu que ela removesse o vídeo depois que um ativista reclamou.

Nieto disse que em abril de 2020 recebeu uma notificação da Segunda Vara Municipal de Ibagué na qual foi notificada por suas declarações contra a comunidade LGBT. Além disso, o tribunal deu a Nieto no máximo 48 horas para apresentar provas em sua defesa.

“Todos devem ser livres para compartilhar suas crenças em público. Quero ser autêntica com meus seguidores, sem ser censurado ou temer sanções criminais apenas por postar um vídeo”, disse Nieto em um comunicado compartilhado pela organização sem fins lucrativos Alliance Defending Freedom International na segunda-feira passada (21). “Não quero que os outros tenham medo de expressar suas crenças. Ao falar abertamente, espero inspirar mais tolerância em relação a diferentes opiniões”, completou.

Segundo o portal Christian Post, A ADF International está apoiando Nieto e ela é legalmente representada pela Nueva Democracia, uma organização não governamental colombiana que defende a liberdade de expressão e outros direitos fundamentais.

“Todos devem ser livres para expressar suas crenças e convicções de fé sem medo de censura. O direito de Nieto de expressar livremente suas opiniões e compartilhá-las publicamente é protegido pela Constituição colombiana”, disse Tomás Henríquez, diretor de defesa da organização para a América Latina e o Caribe.

“A liberdade de expressão e a liberdade religiosa são direitos humanos fundamentais garantidos por todos os principais tratados de direitos humanos. Se alguém se sentir ofendido, a melhor resposta é o debate, não a censura. Em última análise, é cada um de nós, e a própria democracia, que sofrem quando as pessoas não podem falar livremente”, completou a instituição.

Segundo o site Infobae, a influenciadora está aguardando o desfecho do processo, e enquanto isso, tornou o vídeo privado e não o apagou, até a decisão do juiz.

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