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Polícia Federal descobre igreja usada para lavagem de dinheiro
A Polícia Federal descobriu nesta quarta feira (31) uma igreja que era usada para realizar lavagem de dinheiro.
A igreja de fachada foi descoberta em uma operação para flagrar uma quadrilha especializada em lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e subtração de procedimentos fiscais da Receita Federal Paulista.
Após constatar em março deste ano que a igreja havia movimentado cerca de R$ 400 milhões entre 2008 e 2010, a Polícia Federal iniciou a investigação com a operação Lava Rápido. De acordo com as autoridades, a igreja foi criada por ser imune a tributos o que reduziu as probabilidades de investigação.
As investigações começaram com fatos que ocorreram entre 2008 e 2010, dando conta principalmente de uma empresa de fachada constituída como associação religiosa que movimentou, nesse período, cerca de R$ 400 milhões.
A igreja não existia efetivamente, era constituída em nome de laranjas, mas tinha contas bancárias para movimentar altos valores de dinheiro”, disse o delegado Isalino Giacomet, coordenador da operação, segundo publicação G1.
O grupo usava empresas de fachada como a igreja para cometer crimes financeiros e de lavagem de dinheiro transferindo os valores para o exterior de forma ilegal. Elas também atuavam para empresas devedoras do fisco estadual, que já haviam sido autuadas ou que haviam tido seus recursos administrativos julgados improcedentes.
De acordo com G1, com auxílio de servidores públicos vinculados à área tributária, a quadrilha retirava os processos da repartição pública em bolsas e mochilas e apagavam registros dos sistemas de informática. Os documentos retirados da repartição eram entregues ao chefe da quadrilha que repassavam para os empresários envolvidos.
Com o sumiço processual na fase em que não há mais recursos legais por parte da empresa condenada, a cobrança é inviabilizada. De acordo com a polícia, há evidências de que cada procedimento continha valores de multas fiscais que variavam entre R$ 1 milhão e R$ 35 milhões.
Segundo o delegado Giacomet, foram cumpridos seis mandados de prisão. Dos seis detidos, três eram servidores públicos, um era um prestador de serviços do estado, um era ex-agente fiscal de rendas e o outro era empresário.
Os presos responderão por crimes contra o sistema financeiro, subtração de processos, corrupção ativa e passiva, tráfico de influência, lavagem de dinheiro, formação e quadrilha, falsidade ideológica e sonegação fiscal, cujas penas somadas podem atingir 28 anos de prisão. Além das prisões, foram apreendidos 14 veículos, cinco procedimentos fiscais de pessoas jurídicas e um de pessoa física, US$ 30 mil e R$ 100 mil.
Christian Post
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