Brasil
Caso Isabella: promotoria afirma que investigação já tem idéia do motivo do crime
Promotor Cembranelli diz que houve tentativa de remover sangue no carro e no apartamento. Ele afirma que investigação já “tem idéia” de qual seria a provável motivação do crime.
O promotor Francisco Cembranelli, que acompanha o caso Isabella, afirmou na noite desta quinta-feira (24) que as investigações da Polícia Civil apontarão a motivação do assassinato da menina. O pai e a madrasta, Alexandre e Anna Carolina Jatobá, foram indiciados pelo crime. “Temos idéia da motivação. Isso vai ser anunciado no momento oportuno. Tudo foi bem documentado”, disse.
Ele afirmou ainda que uma tentativa de remover os vestígios do assassinato da menina de 5 anos “quase prejudicou” o trabalho da perícia. “O Instituto de Criminalística comprovou por meio de laudo que houve remoção do sangue com produtos que quase prejudicaram a perícia”, disse.
Sem adiantar detalhes dos laudos, ele disse que o inquérito será concluído dentro do tempo previsto e os responsáveis por alterar o local serão indicados “no momento oportuno”. “Não se sabe exatamente em que momento, mas a perícia comprovou que houve, sim, manipulação”, afirmou. Além disso, ao ser indagado se Anna Carolina Jatobá, a madrasta de Isabella, teria lavado roupas para esconder manchas de sangue, o promotor afirmou: “tudo indica que sim”.
O promotor reafirmou que Isabella já estava ferida dentro do carro do casal e que alguém tentou esconder as marcas. “Não há dúvida disso”, afirmou. Segundo ele, havia três manchas de sangue no carro e apenas uma apresentava condições para fazer exame de DNA.
“É preciso ressaltar que essas manchas foram capturadas com muito sacrifício, elas também foram lavadas e só foram obtidas com luminol. As próprias circunstâncias indicam que eram da Isabella. Nós temos a posição de Isabella, confirmada pelo próprio casal e são marcas bastante significativas”, declarou.
O promotor contestou as declarações dos advogados de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, que afirmaram não haver sangue no veículo. “Parece que o laudo não foi lido, então. Evidente que foi feito o exame relacionado a isso e a conclusão é clara, absolutamente clara. Só não vê quem não quer”, disse.
Em depoimentos, o avô e a tia da garota, Antônio e Cristiane Nardoni, confirmaram ter passado no apartamento após o crime, mas negaram ter removido provas. “As pessoas que entraram [no apartamento] negaram. Não existe qualquer elemento que determine qualquer responsabilidade pela alteração do local. Isso também vai ser considerado em um contexto e os responsáveis serão indicados no momento oportuno”, concluiu.
Fonte: G1
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