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O nosso primeiro livro

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O nosso primeiro livro

Foto: Brent Gorwin/Unsplash

2º Timóteo 4:13 – “Quando vieres, traze-me a capa que deixei em Trôade, na casa de Carpo, e os livros, principalmente os pergaminhos.”

Todas as vezes que começarmos a tratar do assunto ‘livros’, automaticamente criaremos três grupos: aqueles que amam ler, os que odeiam e o último grupo, os que leem por obrigação. Imagino que você se encaixa em algum deles e torço para que seja no primeiro grupo. Mas se você ficou entre o segundo e o terceiro grupo, não fique envergonhado, porque sempre há tempo para mudar essa situação. Posso tentar te convencer rápido dizendo que Paulo, o apóstolo, amava ler, tanto é verdade que pediu a Timóteo que lhe trouxesse seus livros. Além disso, nosso Deus é quem mais ama ler, afinal, temos a Bíblia inteira para provar isso.

Mas se eu lhe perguntar agora qual foi o primeiro livro que você leu provavelmente você vai se lembrar – quer tenha sido uma boa ou má experiência – e encerraremos nosso assunto. Mas se eu lhe perguntar qual foi o primeiro livro que te apaixonou, arrebatou e que te fez ser esse alguém apaixonado por livros, podemos falar uma tarde inteira sobre aquele primeiro texto, não é verdade?! (Isso, se você estiver no primeiro grupo, obviamente!).

Me lembro do meu primeiro livro, mas não sei bem como ele chegou à minha casa. Sei que na infância estávamos, minha irmã e eu, extremamente habituadas a assistir meu pai, ler para minha mãe enquanto ela preparava o jantar. Ele lia trechos da Bíblia, jornal e qualquer outro texto que acreditasse ser importante.

E logo fomos nós copiá-lo. Enquanto uma lavava a louça a outra lia e terminamos o livro inteiro em um dia, o título era “O Jogo da Detetive”, um livro escrito em homenagem a Agatha Christie. E em pouco tempo aquele se tornou meu passatempo favorito, ler romances policiais, de preferência os que tivessem Hercule Poirot como personagem principal.

Conheci meu autor favorito ao passear por uma livraria, foi amor à primeira vista quando vi o leão na capa da edição única do livro “As Crônicas de Nárnia” de C. S. Lewis. Passei dois meses em Nárnia, com biscoitos amanteigados e chá mate. Me apaixonei perdidamente pelos irmãos Pevensie e até mesmo pelo primo chato, Mísero. Se me perguntarem qual das crônicas é a mais apaixonante, respondo sem pestanejar “O cavalo e seu menino”. Até hoje acredito que o mês de Abril tem cheiro de Nárnia.

Já meu primeiro livro teológico não foi escolha minha. Um amigo me convidou para um Clube de Leitura e para participar eu precisava ler “O significado do casamento” de Timothy Keller. Eu não estava preparada para tanta informação, nem para verdades tão duras acerca do casamento, mas como não amar Tim Keller? Desde então, me tornei uma leitora assídua de seus textos. Passei amar livros teológicos e a debater sobre esse assunto. Por isso, sou entusiasta das leituras, promovo encontros literários e coordeno aquele Clube que me fez fã do Tim Keller. E agora, com muito prazer faço parte da equipe de colunistas do Gospel Minas.

Quando se trata do mundo da literatura, acredito que sempre vai haver um primeiro livro. Que aqueles que dizem não amar a leitura são porque, ainda, não leram o livro certo. E que a qualquer hora dessas, um livro te pega de surpresa e te faz se apaixonar. Sempre vi nos livros uma saída para as mentes presas e um escape para as rotinas tão sobrecarregadas. E acredito que nosso tempo aqui será muito proveitoso, pois me proponho a trazer a você leitor, resumos, críticas e análises literária. Tenho tido boas expectativas quanto aos nossos debates e diálogos, espero que você esteja de coração e mentes abertas para nossas conversas. Especialmente vocês, do segundo e terceiro grupos.

E oro para que meus textos estimulam você a ler mais e melhor, que eles te levem a conhecer mais sobre o nosso Deus através da vida de tantos autores expressivos que existem no meio cristão. Que você possa utilizar toda potencialidade de seus conhecimentos. Se tornar alguém mais consciente, crítico, mais amante do bom e do belo. E acima de tudo, oro para que tais textos sejam hoje e sempre para a glória do único e suficiente Deus.

Graça e paz!

 Por Bárbara Pita, uma pecadora desfrutando da graça salvífica de Deus. Cristã Batista e pedagoga. Belo Horizontina, amante de bons livros e café. Você pode acompanhá-la em seu Instagram: @barbarelap.

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