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Ore pelo Sudão! Conflito por poder já deixou mais de 400 mortos

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Conflito entre os generais que estão no poder atinge a população local, que sofre com a violência do exército local
– Foto: INDONESIAN FOREIGN MINISTRY / AFP

Conflitos entre os dois generais que disputam o poder no Sudão têm deixado um rastro de morte e destruição no país. Desde outubro de 2021, quando deram um golpe para tirar os civis do poder, o general Abdel Fatah al Burhan e o general Mohamed Hamdan Daglo, líderes de fato do país, estão em uma disputa feroz sobre os planos de integração das Forças de Apoio Rápido (FAR) ao exército oficial. Essa condição é crucial para a retomada da transição democrática no Sudão.

Desde o sábado (15/04), a guerra aberta no centro da capital tem deixado um grande número de civis mortos e feridos. O sistema de saúde já fragilizado do país está sendo castigado pela violência e pelos conflitos. Médicos e pacientes descrevem cenas de horror, com corpos em decomposição deixados nos quartos dos hospitais por falta de capacidade para transferi-los.

Os necrotérios estão lotados e muitos hospitais que atendem os feridos foram obrigados a fechar por falta de material ou por terem sido tomados pelos combatentes.

De acordo com o sindicato médico, 13 hospitais foram bombardeados, e oito profissionais da saúde foram mortos, enquanto dois ficaram feridos. O médico Attiya Abdalah, secretário-geral do sindicato dos médicos, diz que eles são forçados a mandar pacientes para casa porque correm o risco de serem baleados e mortos.

Diante da situação, Mohammed Ibrahim teve que carregar o filho doente nos braços, sob o fogo e em meio aos combates, durante cinco horas até conseguir chegar em casa.

Cerca de 75% dos hospitais estão fora de serviço, segundo o médico Abdallah. A Organização Mundial da Saúde (OMS) já registrou a morte de oito profissionais da saúde e dois feridos, além de alertar para a gravidade da situação no país.

A violência já deixou ao menos 413 mortos e 3.551 feridos, afirmou a Organização Mundial da Saúde (OMS) na sexta-feira (21/04). Os confrontos entre paramilitares e forças do governo eclodiram nas ruas da capital, Cartum, em 16 de abril e se estenderam por outras regiões do país africano.

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