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Pastor e professor da UFRN Tassos Lycurgo é nomeado diretor do Iphan

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Tassos Lycurgo Galvão Nunes – Foto: Reprodução/Instagram

O pastor e professor do programa de pós-graduação em Design da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Tassos Lycurgo Galvão Nunes, foi nomeado nesta terça-feira (08/12), como o novo diretor do Departamento de Patrimônio Imaterial do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

O Iphan confirmou que o professor vai ser o responsável pelo Departamento de Patrimônio Imaterial.

O professor fica no lugar do atual diretor do departamento, Hermano Fabrício Oliveira Guanais e Queiroz; que é bacharel em direito pela Universidade Salvador (Unifacs) e oficial advogado do Exército. Que aliás tem mestrado em preservação do patrimônio cultural pelo próprio Iphan. Queiroz foi nomeado durante a gestão de Michel Temer.

Sobre Tassos Lycurgo

De acordo com a página da UFRN, Tassos é professor efetivo no Programa de Pós-Graduação em Design, do departamento de artes. Na plataforma Lattes, informa que ele possui graduação em direito e filosofia. Além disso, possui mestrado em filosofia pela Universidade de Sussex (Inglaterra) e doutorado em educação pela UFRN.

Conforme o currículo, Tassos Lycurgo fez ainda dois pós-doutorados, em sociologia jurídica e apologética cristã. Em outras palavras, na teologia, a apologética é a área que estuda a defesa da fé contra objeções.

De modo paralelo à carreira acadêmica, Lycurgo é pastor na Igreja Defesa da Fé, em Natal, ao lado de sua esposa Camila. A página da instituição diz que a fé cristã não é cega, mas se sustenta pela razão e pelas evidências. A igreja também realiza diversas ações de ensino bíblico e teológico. “Aqui é proibido não pensar” é um dos lemas da Defesa da Fé.

Nas redes sociais, Lycurgo tem um perfil progressista e é um defensor do estado laico e da separação entre igreja e política. Em um vídeo no Youtube de 2017, durante um debate realizado na UFRN com a presença de um representante da comunidade muçulmana de Natal; o professor afirma que o estado laico é uma conquista da civilização e algo que deve se defender.

“Sempre que uma liderança política e uma liderança religiosa se misturaram na história da humanidade, o resultado não foi dos melhores, pra não dizer que foi um desastre”, afirmou.

Também declarou: “O estado laico respeita a liberdade das pessoas. E uma das mais importantes é a liberdade religiosa, é a expressão do seu relacionamento com o sobrenatural, com deus. Ou então a escolha de adesão a um mundo materialista, em que deus não existe”.

Sobre o Iphan

O Iphan é chefiado desde maio pela turismóloga Larissa Rodrigues Peixoto Dutra. Mas sua nomeação chegou a ser suspensa. Já que a decisão, depois que cancelada, apontava que Peixoto não tinha formação nem experiência compatíveis com esse cargo.

A página do Iphan classifica os bens culturais imateriais como sendo as “práticas e domínios da vida social que se manifestam em saberes, ofícios e modos de fazer; celebrações; formas de expressão cênicas, plásticas, musicais ou lúdicas; e nos lugares (como mercados, feiras e santuários que abrigam práticas culturais coletivas)”.

Entre os cristãos, é comum que lideranças religiosas tenham profissões e ocupações paralelas à função pastoral.

 


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