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A Política e a Bíblia – Pablo Almeida

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De fato, nosso Senhor Jesus Cristo não passou pela humilhação de se fazer um de nós para meramente criar um partido, uma espécie de movimento político-partidário ou para angariar votos e, ter poderes de um representante político na sociedade.

Ele não usou frases como: “Votem em mim. Me escolham como representantes de vocês diante de Deus. Eu sou melhor que os fariseus, mereço a confiança do povo de bem. Sou mais justo que Pilatos, etc..” O que Jesus veio buscar não foi meramente um governo temporal, regional, impuro ou algo do tipo.

Logo, se Jesus não se envolveu em nenhum partido, não buscou votos e não incentivou ninguém à fazer isso, alguns deduzem que chega ao nível de ser um pecado contra Deus se envolver com política partidária.

A questão central desse artigo é: Deus se preocupa com política?

Em primeiro lugar, vamos definir os seguintes termos. A palavra política pode ter uma definição ampla ou específica. No geral, política denota a vida na cidade (polis). Portanto, política diz respeito à totalidade da nossa vida em sociedade. Política é a arte de viver junto em comunidade. Em definição restrita, política é a ciência do governo.

Respondendo a pergunta em questão;

Jesus se importa com a sociedade pois, os membros da sociedade são feitos de homens e mulheres criados a semelhança de Deus (Gn 1:26).

Deus se importa tanto com a sociedade que mesmo após se relevar gradativamente ao seu povo, ele faz questão de que os salvos continuem vivendo nesse mundo decaído a fim de experimentarem provações para o aperfeiçoamento de sua fé, mas também para pregarem as boas novas e “salgar” essa sociedade corrompida em desejos pecaminosos contra o criador. (Mt 5:13)

Já na questão sobre política partidária, ela é encarada por alguns cristãos como um antro de cobras e de corruptos prontos para se favorecerem com benefícios públicos e subjugarem a sociedade. Por outros, como desafios para mudar a estrutura de dentro da máquina; assim, podendo criar leis e propostas a fim de dar dignidade ao ser humano e com isso trazer a Glória para o nome de Deus.

Muitos trilham por esse caminho da política partidária e apesar dos desafios de uma vida voltada ao serviço da sociedade, o evangelho tem sido levado através das atitudes de homens e mulheres piedosos que contribuem para o bem do mundo também nessa aérea. A política partidária também deve ser remida e lavada no sangue de Cristo.

Abraham Kuyper disse que: “Não há um único centímetro quadrado, em todos os domínios de nossa existência, sobre os quais Cristo, que é soberano sobre tudo, não clame: “É meu!“.

Um exemplo e um incentivo aos cristãos que se sentem vocacionadas a esse caminho foi a liderança de William Wilberforce – (1759/1833), (líder do partido de Clapham) a quem foi atribuído o crédito pelo primeiro assentamento de escravos libertos em Serra Leoa (1787), a abolição do tráfico negreiro (1807), o registro dos escravos nas colônias, que colocou um fim ao contrabando (1820), e finalmente a emancipação dos escravos (1833).

Esse é apenas um homem que através de sua atuação na política mudou a história de inúmeras pessoas. Sua motivação? Sua fé inabalável em Cristo não lhe permitia fazer qualquer coisa sem que Deus fosse glorificado.

Como disse John Stott: “O mundo é a arena na qual devemos viver e amar, testemunhar e servir, sofrer e morrer por Cristo”.

Acompanhe Pablo Almeida pelas redes sociais; siga-o no Instagram: @PabloGAlmeida.

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