Matador de sargento será indiciado por homicídio duplamente qualificado

O homem que tirou a vida do sargento Wellington da Costa Barros, de 42 anos, da Polícia Militar, após uma discussão em um semáforo na Avenida Flamengo, no Bairro São Bernardo, zona norte de Belo Horizonte, enfrentará acusações de homicídio duplamente qualificado, conforme informou a delegada Iara França, do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP).

O acusado, um homem de 34 anos com antecedentes criminais, incluindo prisões por violência doméstica e estelionato, é conhecido da polícia e faz parte de uma torcida organizada do Cruzeiro. Durante sua prisão, outros dois homens, de 42 e 43 anos, que o abrigavam em suas residências na mesma Avenida Flamengo, também foram detidos. Eles serão indiciados por favorecimento pessoal do autor, por estarem abrigando o criminoso, embora não tenham envolvimento direto no homicídio.

A delegada Iara França ressaltou que os amigos estavam protegendo um criminoso, mas não tiveram participação no assassinato do sargento.

A vítima estava parada em um semáforo quando o agressor se aproximou e bloqueou seu veículo. Após uma discussão e insultos, o agressor começou a agredir o policial dentro do carro. Mesmo identificando-se como policial, as agressões continuaram, e o sargento disparou um tiro de advertência. Isso levou a uma perseguição a pé e a uma luta corporal, durante a qual o agressor conseguiu tomar a arma do policial, disparando dois tiros fatais.

No veículo estavam a esposa e a cunhada do sargento, que só souberam da tragédia cerca de uma hora após o ocorrido. O agressor, ao ser preso pela Polícia Militar, admitiu o crime e entregou a arma utilizada no assassinato.