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Ministra de Lula associa tragédia no Rio ao “racismo ambiental e climático”

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Ministra Anielle Franco associa chuvas no Rio a “racismo ambiental”

A Ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, ligou a intensa chuva que assolou o Rio de Janeiro no último fim de semana a “efeitos de racismo ambiental e climático”. Este evento trágico já resultou na perda de 11 vidas e provocou uma mobilização governamental para auxiliar o estado.

“Estou acompanhando os efeitos da chuva de ontem [sábado, 13] nos municípios do Rio e o estado de alerta com as iminentes tragédias, fruto também dos efeitos do racismo ambiental e climático”, declarou Aniele em suas redes sociais.

A peculiar comparação entre o clima e o “racismo” feita pela ministra prontamente gerou reações entre os opositores. O advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Fabio Wajngarten, questionou a associação: “é da mesma série do racismo dos estádios em final de campeonato”, indagou.

A referência ao “racismo dos estádios” foi uma alusão a uma declaração de uma ex-assessora da ministra durante o segundo jogo da final da Copa do Brasil entre São Paulo e Flamengo, em setembro do ano passado, na qual ela afirmou que a torcida tricolor era “descendente de europeu ‘safade'”.

A expressão da ministra sobre “racismo ambiental e climático” aborda a exposição de pessoas de baixa renda aos riscos de eventos naturais, conforme explicou a antropóloga Myanna Lahsen, pesquisadora da Divisão de Impactos, Adaptação e Vulnerabilidades do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

“As tendências para esses eventos aumentaram com as mudanças climáticas. Junta isso à desigualdade pré-existente e quem paga a conta com a vida e as perdas são as pessoas que menos aguentam – as mais pobres”, disse Lahsen em entrevista ao Poder 360.

As chuvas intensas no Rio de Janeiro neste último fim de semana afetaram principalmente a Zona Norte da capital fluminense, estabelecendo um recorde na precipitação acumulada, atingindo 259,2 milímetros. Em resposta, o prefeito Eduardo Paes (PSD-RJ) montou um gabinete de crise para monitorar a situação na cidade e no entorno.

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