Fé
Mulher recusou abortar o filho após estupro: “Ele é um presente de Deus”
Paula Kirsten Peyton, de 29 anos, palestrante e ativista pró-vida está lutando por mulheres que já sofreram estupros e engravidaram. Tudo por uma causa, ela também já foi vítima de um estupro. O que ela não esperava é que do estupro coletivo que havia sofrido ela engravidou, mas felizmente não quis abortar. Pelo contrário, ela deu a oportunidade da criança viver. Hoje ela dá seu testemunho dizendo que o filho foi um presente de Deus.
“Sofri trauma na noite em que foi concebido. Não há como negar a existência de trauma depois que dois homens apontam uma arma para você e o estupram de todas as maneiras possíveis. Honestamente, quando eles terminaram comigo, eu não sabia porque Deus salvou minha vida. Minha alma foi simplesmente extinta e eu vivi em um estado perpétuo de luto”, relatou Paula sobre o terrível evento que marcou sua vida para sempre.
Atualmente, ela trabalha como diretora executiva da Hope After Rape Conception, uma organização sem fins lucrativos dedicada a ajudar mães que sofreram estupro e precisam de apoio para criar seus filhos. Paula mora em Memphis, no estado de Tennessee nos Estados Unidos onde mora com o filho Celeb. Ela conta que após sofrer o estupro, foi pressionada por um membro de uma igreja que frequentava a ‘tomar pílula do dia seguinte’, mas ela não quis seguir essa recomendação.
“Naquela época, eu não tinha certeza de como me sentia sobre o plano b, mas sabia o suficiente para saber que isso poderia impedir que uma única pessoa humana se implantasse no útero durante seu estágio embrionário. Por isso, decidi não aceitar e evitei as numerosas mensagens de texto e telefonemas do clero”, disse ela.
Paula explica que após o evento traumático ela chorava o tempo todo. Segundo Paula, ela orava e perguntava a Deus por que Ele permitiu a tortura que sofreu naquela noite, continuasse.
“Eu me senti desagradável, exausto, como se nunca estivesse completo novamente, nunca estaria limpo de novo, nunca experimentaria alegria ou a sensação de ter um propósito novamente. E senti que não tinha motivos para continuar vivendo”, conta.
Em vez de usar a pílula do dia seguinte, Paula decidiu trocá-la na farmácia por um teste de gravidez. Em pouco tempo, o sinal de “grávida” apareceu na pequena tela digital.
“Eu sorri. Eu sorri tão grande. Naquele momento, eu sabia, sem dúvida, que Deus havia me visto (…). Deus me deu a dor que eu sofri com um propósito. Isso me deu um motivo para viver. Ela me deu o maior presente de amor e alegria que eu jamais poderia imaginar: a oportunidade de ser mãe de um bebê perfeito”, disse ela.
Após esse evento, Paula disse que suas lutas não desapareceram, pois os membros da igreja à qual ela pertencia começaram a pressioná-la a abortar e outros pararam de falar com ela. Eles até marcaram consultas para ele em clínicas de aborto sem o consentimento dele,
“Eles me diziam repetidamente que meu bebê era ‘mau’, ‘uma semente de satanás’, ‘um lembrete permanente de estupro’, ‘nem mesmo uma pessoa’, ‘desagradável’, ‘um erro’, ‘razão por que o aborto existe ‘, e eles continuaram. Essas foram as coisas mais gentis que eles disseram. Não sei contar o número de vezes que me disseram que não poderia amá-lo porque fui vítima de estupro”, disse Paula em um artigo publicado no portal Live Action.
Além disso, a partir desse problema, ela começou a sofrer um sangramento intenso devido a uma infecção causada por estupro. Depois que o tipo de infecção foi diagnosticado, Paula fez rodadas de tratamentos com antibióticos por várias semanas.
“Foi a experiência mais traumática: soluçar e implorar a Deus para poupar a vida do meu bebê, fortalecê-lo e ajudá-lo a suportar. Chorei de medo até o sangramento parar e, quando finalmente aconteceu, às 20 semanas, chorei lágrimas de ação de graças. Deus ainda estava protegendo meu bebê e, apenas uma semana depois, descobri que era um menino!”, narrou a mãe.
“Quando as pessoas tentavam falar comigo sobre o aborto, eu dizia a eles que Caleb e eu estávamos indo muito bem e que mal podia esperar para ver seu rosto, abraçá-lo e ser sua mãe. Eu literalmente o chamei pelo nome por semanas, e ainda não podia ir à igreja sem me dizerem que não era “tarde demais para consertar isso”. Recebi ofertas de muitas pessoas, incluindo uma mulher rica, que todos queriam ‘me ajudar’, financiando uma viagem fora do estado ao Novo México para um aborto tardio”, disse Paula.
Apesar do momento difícil, Paula se apegou a Deus e ao fato de que Ele não abandona os seus. Quando seu bebê nasceu, Paula disse: “Ele era o bebê mais feliz que ela já tinha visto”.
“Ele continuou sendo o filho mais feliz. Com dois anos e meio, ele adora dar abraços e beijos. Ele pega flores silvestres no jardim e me pede para desenhar figuras para as pessoas, porque ele diz que quer fazê-las felizes. Ele adora bebês e quer ser médico de super-heróis quando crescer. Caleb adora orar e ora todos os dias para que as mães sejam amadas e para que os bebês de barriga estejam seguros”, disse a mãe do menino.
A mensagem final de Paula é que a história dela e a do filho “não é triste”, mas narra o amor ilimitado de Deus.
“Os planos de Deus são sempre maiores, sempre melhores, sempre para nosso benefício”, assegurou. “Nossa história não é triste. É verdade que é marcado por trauma, mas não é triste. Nossa história fala do amor ilimitado e redentor de Deus, que me viu nas profundezas do meu desespero e me deu a maior bênção da minha vida: uma criança concebida em um estupro coletivo, uma criança que muitas pessoas consideravam descartável, uma criança que salvou minha vida, uma criança que sempre foi meu presente sincero e honroso de Deus”, concluiu Paula.
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