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Gospel

Welington Camargo relembra experiência com Deus durante sequestro: “Deus me dizia que eu sairia de lá”

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Welington Camargo, irmão de Zezé Di Camargo e Luciano – Foto: Reprodução/Instagram

O cantor Welington Camargo já vendeu mais de 3 milhões de cópias e está celebrando sua nova etapa na carreira, agora como cantor gospel. Welington é irmão dos também cantores Zezé Di Camargo e Luciano. Aos 50 anos, Welington Camargo, em entrevista à Revista QUEM, falou sobre sua fé, música e relembra experiência com Deus durante sequestro.

“Eu sempre tive vontade de cantar gospel. Sou cristão desde os 16 anos, mas por um tempo compus e cantei música secular. Até que resolvi cantar só música cristã. Não fazia mais sentido para mim cantar outra coisa”, conta.

“E graças a Deus, ao meu talento e à força de vontade tenho sido muito bem recebido. Antes da pandemia começar, estava com 60 shows marcados. Nem canto em igreja porque o meu público não cabe. Canto para público de 10 mil pessoas para cima. No Rio já cantei para 200 mil pessoas em um evento cristão na praia”, disse à QUEM.

Ele conta que é reconhecido pelo público, mesmo de máscara, na cidade onde mora. Welington disse que tem recebido apoio do seu público, e segundo ele, “não é só evangélico que me escuta”. ‘Minha equipe fez uma pesquisa e viu que 50% do público que compra meus CDs são de outras religiões. Fico muito feliz por isso”, revelou.

Welington está preparando o seu sexto álbum. Além disso, divide a rotina entre palestras motivacionais e dando seu testemunho de vida. Paraplégico desde os dois anos, ele gosta de reforçar que as limitações físicas podem ser vencidas.

“Nas palestras motivacionais tento mostrar que o que a gente quer a gente pode conseguir e que a deficiência física, seja ela qual for, não te impede de ter uma vida e de realizar os seus sonhos”, conta.

SOBRE O SEQUESTRO

O cantor falou sobre seu sequestro, que chocou o Brasil em 1998. Durante 94 dias, ele ficou em um cativeiro e teve um pedaço de sua orelha cortada em meio à negociação finalizada em mais de meio milhão de reais.

“A gente achou que fosse ser um sucesso médio no Brasil, mas passou os limites da América Latina. Nossa vida mudou da água para o vinho com o sucesso de É o Amor. Com o estouro da dupla, a gente teve que mudar de um dia para outro para outra casa porque era tanta gente querendo conhecer um pouco da família deles, que a gente não tinha tranquilidade. Tinha gente na nossa casa a toda hora”, relembra ele.

“Na minha vida o impacto foi que contribuiu muito para a minha carreira, por outro lado, teve o sequestro e tive que me reservar mais. Passei a andar com segurança armado e hoje moro em condomínio fechado. Ninguém sabe onde eu moro, só família. Preservo meus filhos também. Não tem como esconder, mas procuro evitar pelo que aconteceu comigo. Sou uma pessoa que ama estar no meio do povo, mas tenho que me privar de algumas coisas por causa dessa experiência”, diz ele, que é pai de quatro filhos.

Apesar do medo naquela ocasião, ele diz que teve sonhos em que Deus revelava que ele sairia de lá vivo e viu anjos enquanto era torturado.

“Não precisei de psicólogo depois do sequestro porque sempre acreditei e conversei muito com Deus. Durante o sequestro, orei muito e tinha resposta em sonhos. Deus me dizia que eu sairia de lá. Eu tinha de tudo para morrer ali. Geralmente, em sequestros longos como o meu, as vítimas são assassinadas. No dia em que eles cortaram a minha orelha, a intenção deles era me matar. Eu escutava eles conversando se deviam me enforcar, dar um tiro… Mas não tive medo de morrer porque Deus falou que ia ficar tudo bem”, relembra.

“As pessoas acham uma loucura, mas enquanto cortavam a minha orelha, eu vi anjos. Fiquei ali estático e olhando. Nem senti dor. Deus viu que ao acontecer algo com um servo dele, mandou os anjos para me guardar. Até o corte foi superficial. Fiquei por alguns dias surdo do ouvido esquerdo porque o sangue tinha secado, mas assim que removeram, voltei a ouvir normal. Depois que Deus deu o filho dele, Jesus, para morrer por mim na cruz, esse foi o momento que mais senti o amor de Deus”, constou ele.

Welington Camargo com Zezé Di Camargo e Luciano – Foto: Weimer de Carvalho/O Popular

EXPERIÊNCIA PÓS SEQUESTRO

Depois desta experiência, o cantor disse que passou a dar mais valor para a vida e para as pessoas. Ele conta que até perdoou os sequestradores.

“Ninguém que passa por isso é a mesma pessoa. Passei a olhar para as pessoas com mais amor e procuro perdoar… Eu cheguei a falar para os bandidos que perdoava o que eles tinham feito, que só queria a Justiça”, conta.

Ele afirma se sente realizado por ter conquistado tantas coisas em sua vida, entre elas, a oportunidade de se apresentar em 15 países.

“Eu acho que como cantor, realizei muita coisa em pouco tempo. Viajei e cantei em 15 países, vendi disco de diamante e platina duplo…. Aprendi despois de tudo que vivi a viver um dia após o outro. Viver um dia como se ele fosse o último. Almejo pouco e colho muito”, finalizou.

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